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Quando e onde isso aconteceu?

“Oi, gente! Eu quero muito falar com vocês. Eu tô muito mal! Eu sei que eu fiz algo horrível. Quero até pedir desculpas pra todo mundo que se sentiu ofendido.” Foi com essas frases que a ex- apresentadora da Band e ex-musa da Gaviões da Fiel, Ana Paula Minerato, iniciou o vídeo onde pretendia pedir desculpas sobre o crimesuporte greenbetsracismo cometido por ela contra a cantora Ananda, vocalista da banda Melanina Carioca, a qual ela se referiu como “neguinha do cabelo duro” e a associou ao estereótiposuporte greenbetsuma empregada doméstica, devido asuporte greenbetsprovável raiz africana. O clássico “tem um pé na senzala” que a branquitude costuma utilizar para desqualificar a existência e questionar a validaçãosuporte greenbetspessoassuporte greenbetspele clara, massuporte greenbetsorigem preta.

Todos nós, pretos e pretas, poderíamos simplesmente responder a ex-panicat com o refrão da música “Quero que tu vá”, que foi hit no verãosuporte greenbets2018 na voz da excelente cantora que é Ananda. Mas racismo não se responde com tanta simplicidade e reducionismo. Embora, mandar um racista ir tomar no monossílabo sem acento seja, do pontosuporte greenbetsvista sociocultural, um ato libertário e empoderador. O áudio vazado que expõe o racismosuporte greenbetsAna Paula, não deveria ser encarado com espanto por uma sociedade histórica e essencialmente alicerçada sobre a racializaçãosuporte greenbetspessoas como estruturasuporte greenbetspoder e dominação. Infelizmente, muitos outros brancos quando estão na intimidadesuporte greenbetssuas alcovas, expressam a mesma avaliação sobre os pretos. Postura herdadasuporte greenbetsseus antepassados escravocratas, numa épocasuporte greenbetsque o racismo não era crime e ainda oferecia diversão aos racistas. O racismo recreativo explica.

Voltando ao pedidosuporte greenbetsdesculpassuporte greenbetsAna Paula, quem assistiu ao vídeo com mais atenção percebe que, na verdade, o pedidosuporte greenbetsdesculpas é feito a ela mesmo, e asuporte greenbetsburrice por ter se deixado descobrir racista. Chega a ser infame. Tanto que ela fala muito mais do relacionamento tóxico que estaria vivenciando, e que motivou asuporte greenbetsfala abjeta e criminosa. Minerato tenta conquistar a empatia do público, sobretudo, das mulheres, chamando a atenção para o seu sofrimento como mulher vítimasuporte greenbetsum relacionamento abusivo. Aliás, foi o suposto abusador psicológicosuporte greenbetsAna Paula quem teria vazado o áudio racista da mula, digo, musa da Gaviões. O que, para qualquer pessoa que saiba interpretar um texto, soa como uma tentativasuporte greenbetsculpar o rapaz pelo crime que ela cometeu, imputando a ele a condiçãosuporte greenbetshomem abusador, para lhe tirar a confiabilidade do gestosuporte greenbetsexpor o crime racial da beldade.

Ana Paula, assim como todo racista, sabe que brancos, principalmente, mulheres brancas, possuem o estereótiposuporte greenbetspessoas mais sensíveis e indefesas, cuja palavra é mais crível quandosuporte greenbetsoposição asuporte greenbetsuma pessoa preta. E mais ainda, se forsuporte greenbetsoposição a um homem preto. Evocamos alguns casos onde homens pretos, muitos deles jovens e adolescentes, foram condenados à morte nos EUA sob a acusaçãosuporte greenbetsterem estuprado mulheres brancas. O casosuporte greenbetsCentral Park,suporte greenbets1989, quando 5 jovens negros foram presos e condenados por agredir e estuprar uma mulher branca, talvez seja o mais recente, mas não o menos cruel. Não subestimem o podersuporte greenbetsuma mulher branca, loira e racista chorando, pedindo desculpas e acusando um homemsuporte greenbetster provocado o seu cancelamento. É bem provável que estejamos diante da nova garota propaganda da Havan, ousuporte greenbetsuma nova aposta bolsonarista ao Senadosuporte greenbets2026.

* Este é um artigosuporte greenbetsopinião,suporte greenbetsresponsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasilsuporte greenbets.

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