Silvio Almeida, vilão ou herói?
"Vamos condenar Sílvio Almeida antesbet365 alinvestigá-lo? Vamos destruir abet365 alvida? Não temos esse direito", diz Eduardo Guimarães
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Primeiro, uma premissa básica sobre o paulistabet365 al48 anos Silvio Luizbet365 alAlmeida: o final da novela que ele protagoniza não terá meio termo; o jurista entrará para a história como um sociopata, dissimulado, hipócrita e pérfido ou como vítimabet365 aluma farsa monstruosa, covarde, engendrada por pura e simples maldade e/ou interesses dos mais obscuros.Almeida é filho do goleirobet365 alfutebol Lourival, conhecido como Barbosinha durante a carreira no "Sport Club Corinthians Paulista". É casado com Ednéia Carvalho, que,bet365 alpronto, rechaçou com veemência as acusações contra o homem com quem acababet365 alter uma filha, que estábet365 alseu primeiro anobet365 alvida.
Dirão que nada importa -- a história, a vida pessoal, a superação, as lutas renhidas que todos sabemos que os negros travam para ascenderbet365 alqualquer atividade que não aquelas às quais são relegadosbet365 alrazão do talento natural dos afrodescendentes para a arte e os esportes, nos quais,bet365 algeral, são quase insuperáveis.
Discordo, porém,bet365 alque não importa: esses são detalhes vitais para discutir Almeida. Não para absolvê-lo por eventuais crimes, mas para entendermos que, enquanto a culpa não for provada, esse talento, essa força, essa luta épica que travou para se projetar como se projetou na defesa dos direitos humanos geram uma questãobet365 alfundo.
Entre 2005 a 2019, lecionou filosofia do direito e introdução do estudo do direito na Universidade São Judas Tadeu.
É professor da graduaçãobet365 aldireito e da pós-graduação stricto sensubet365 aldireito político e econômico na Universidade Presbiteriana Mackenzie; e professor da Escolabet365 alAdministraçãobet365 alEmpresas e da Escolabet365 alDireito da Fundação Getúlio Vargas, ambasbet365 alSão Paulo.
Em 2020, foi professor visitante na Universidade Duke, onde lecionou nos cursos “Raça e Direito na América Latina” e “Black Lives Matter: Brasil e Estados Unidos”, este últimobet365 alparceria com o professor John D. French.
Em 2022, foi selecionado como professor visitante da cadeira Edward Larocque Tinker da Universidadebet365 alColumbia na cidadebet365 alNova Iorque, destinada a intelectuaisbet365 alprestígio da América Latina -- vaga foi ocupadabet365 alanos anteriores por intelectuais como o economista Raúl Prebisch, o geógrafo Milton Santos, o jornalista Elio Gaspari, o jurista Roberto Gargarella e a historiadora Lilia Schwarcz, dentre outros. E na mesma instituição ministrou o curso “Raça, Direito e Cultura na América Latina”.
Ufa! Esse negro -- filhobet365 alum goleiro que deve ter suado muito para melhorarbet365 alcondiçãobet365 alvida através da única chance que davam aos negros -- incomodou muita gente que não quer nem ouvir falarbet365 alracismo estrutural e ajudou muita gente vítima da forma mais cínica e perversa que existebet365 alsegregar pessoas -- pelo preconceito.
Tudo isso absolve Almeida se ele for culpadobet365 alassediar sexualmente mulheres, valendo-sebet365 aleventual ascendência sobre elas? É óbvio que não! De jeito nenhum! Aliás,bet365 alcerta forma seria um agravante se ele fosse mesmo culpado, pois tal conduta relegaria toda abet365 alobra à hipocrisia, ao usobet365 aluma imagembet365 alherói para cometer vilanias.
A conjunção subordinativa condicional "Se" é o xis da questão: SE ele for culpado, SE ele for investigado e considerado culpado é que se deverá puni-lo. Nem um segundo antes.
Ah, Eduardo, mas é difícil provar que houve assédio. As mulheres têm medobet365 aldizer que foram vítimasbet365 alassédio porque,bet365 algeral, imputam a elas a culpa por tal assédio, que nem seria assédio segundo os machistasbet365 alplantão e os eventuais. E isso é a mais pura verdade.
