Sayyed Hassan Nasrallah: o homem que derrotou Israel
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Originalmente publicado por Globetrottercasa ou empate betano30casa ou empate betanosetembrocasa ou empate betano2024Israel assassinou Sayyed [Senhor] Hassan Nasrallah (1960-2024) porque ele se recusou a parar os ataques ao nortecasa ou empate betanoIsrael até que os israelenses terminassem o genocídio contra os palestinos. Durante o breve cessar-fogo israelense, a organizaçãocasa ou empate betanoNasrallah — Hezbollah — também interrompeu seus ataques. Quando os israelenses retomaram o combate, o Hezbollah fez o mesmo.
Nasrallah foi morto porque era implacávelcasa ou empate betanoseu apoio à Palestina. Diferentementecasa ou empate betanotodos os outros líderes árabes, Nasrallah liderou a luta contra Israel duas vezes, o que levou àcasa ou empate betanoderrota: primeiro, quando Israel foi forçado a se retirar do Líbanocasa ou empate betano2000, e segundo, quando Israel não conseguiu vencer o Hezbollahcasa ou empate betano2006. O homem que derrotou Israel foi finalmente mortocasa ou empate betano27casa ou empate betanosetembrocasa ou empate betano2024, junto com milharescasa ou empate betanoseus compatriotas libaneses.
Em 2013, à medida que a guerra na Síria se intensificava, caminhei com um amigo para uma área lotadacasa ou empate betanoDahieh, um bairrocasa ou empate betanoBeirute, no Líbano. Fomos para ouvir um discursocasa ou empate betanoNasrallah. Me disseram que Nasrallah abordaria o motivo pelo qual o Hezbollah — que é tanto um partido político no Líbano quanto um grupo militar formado para defender o Líbano das constantes incursões israelenses — decidiu entrar na Síria. Uma grande telacasa ou empate betanotelevisão havia sido erguida no espaço aberto e, eventualmente, Nasrallah apareceu nela, sendo recebido por aplausos estrondosos. Cenas semelhantes teriam sido observadascasa ou empate betanooutras partes do Líbano, onde Nasrallah teria aparecido nas telascasa ou empate betanotelevisão para falar sobre essa decisão importante.
Ao dirigir pelas cidades do sul do Líbano, é claro que o apoio ao Hezbollah é inabalável. A razão é que foi a engenhosidade militar do Hezbollah que permitiu ao Líbano acabar com a ocupação israelense pela forçacasa ou empate betanogrande parte do Líbanocasa ou empate betano2000, que havia começado quando Israel invadiu o Líbanocasa ou empate betano1982. O Hezbollah nasceu durante esse conflito e demonstrou tanto proeza militar quanto sagacidade política, alémcasa ou empate betanocoragem diante da repressão. Nasrallah esteve no Irãcasa ou empate betano1989 a 1991, estudando no seminário xiitacasa ou empate betanoQom. Quando retornou ao Líbanocasa ou empate betano1991, dedicou-se ao Hezbollah e, no ano seguinte — após o assassinato do líder do Hezbollah, Abbas al-Musawi (1952-1992), pelos Estados Unidos — Nasrallah se tornou o líder da organização.
Nasrallah imediatamente deu início a uma política que permaneceucasa ou empate betanovigor até seu assassinato: o Hezbollah só atacaria alvos militares israelenses, mas, se Israel atingisse civis libaneses, o Hezbollah retaliaria contra civis israelenses. Quando Israel se retirou derrotadocasa ou empate betano2000, o Hezbollah fez uma declaração públicacasa ou empate betanoque não atacaria ninguém no Líbano que tivesse colaborado com a ocupação israelense. Os libaneses precisavam se curar e se tornar uma nação.
Na cidade costeira libanesacasa ou empate betanoSur (Tiro), pessoas desconhecidas bombardearam vários restaurantes que serviam álcool no finalcasa ou empate betano2012. Desci para conversar com alguns dos donos desses restaurantes ecasa ou empate betanouma cervejaria, todos disseram que haviam sido visitados por pessoas do Hezbollah, que se ofereceram para pagar pelos danos, mesmo que os ataques não fossemcasa ou empate betanoseus membros. Nasrallah disse que, embora fosse contra o consumocasa ou empate betanoálcool, não acreditava que a sociedade libanesa devesse se conformar às visões sociaiscasa ou empate betanoqualquer grupo, mas deveria aprender a tolerar os costumes uns dos outros.
Apesarcasa ou empate betanotodo o discurso sobre Nasrallah e o antissemitismo, valeria a pena considerar que foi o Hezbollah, sob Nasrallah, que ajudou na reconstrução da Sinagoga Maghen Abrahamcasa ou empate betanoBeirute. “[É] um lugarcasa ou empate betanoadoração religiosa”, disse Nasrallah, “ecasa ou empate betanorestauração é bem-vinda”, afirmou o Arab News. Foi essa atitude que,casa ou empate betanoparte, levou Nasrallah a dizer a Julian Assange, durante uma discussão sobre a Palestinacasa ou empate betano2012, que “a única solução é o estabelecimentocasa ou empate betanoum estado — um estado na terra da Palestina no qual muçulmanos, judeus e cristãos vivamcasa ou empate betanopazcasa ou empate betanoum estado democrático. Qualquer outra solução simplesmente não será viável e não será sustentada”.
Enquanto isso, bandeiras negras foram hasteadas no santuário do Imam Rezacasa ou empate betanoMashhad, Irã, e no santuáriocasa ou empate betanoSayyida Zeinab nos arredorescasa ou empate betanoDamasco, Síria; essa é uma honra que poucos recebem, nem mesmo o aiatolá Ruhollah Khomeini (1902-1989) obteve essa honra. O choque que agora permeia o mundo árabe logo se dissipará. O Hezbollah tentará se recuperar. Mas não conseguirá substituir facilmente Sayyed Hassan Nasrallah, o único líder árabe que poderia legitimamente afirmar ter derrotado Israel.
