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Pepe Escobar

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Por que a Cúpula da OCX no Cazaquistão foi um Divisorbet 12Águas

O Presidente Xi redobrou esforços quando se trata da parceria estratégica Rússia-China

O presidente chinês, Xi Jinping, reúne-se com o presidente russo, Vladimir Putin, antes da 24ª Reunião do Conselhobet 12Chefesbet 12Estado da Organizaçãobet 12Cooperaçãobet 12Shanghai,bet 12Astana, Cazaquistão,bet 123bet 12julhobet 122024 (Foto: Xinhua/Ju Peng)

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Seria impossível superestimar a importância da cúpulabet 122024 da Organizaçãobet 12Cooperaçãobet 12Xangai (OCX), realizada nesta semanabet 12Astana, no Cazaquistão. Essa reunião, certamente, pode ser vista como a antecâmara da importantíssima cúpula anual dos BRICS, presidida pela Rússia, a ser realizadabet 12outubro próximo,bet 12Kazan. 

Comecemos com a declaração final. Os membros da OCX afirmam que "mudanças tectônicas estãobet 12andamento na geopolítica e na geoeconomia, e que "o usobet 12métodosbet 12poder vem aumentando, com a violação sistemática das normas do direito internacional". Ao mesmo tempo, esses países estão plenamente engajados no "aumento do papel da OCX na criaçãobet 12uma nova ordem internacional político-econômica democrática e justa".

Bem, nada poderia contrastar mais drasticamente com a "ordem internacional baseadabet 12regras" unilateralmente imposta. 

A OCX10 – com seu novo membro Belarus – é explicitamente favorável a uma "solução justa para a questão palestina". Todos os membros "se opõem a sanções unilaterais". Eles pretendem criar um fundobet 12investimentos da OCX (o Irã, por intermédio do presidentebet 12exercício Mohammad Mokhber, apoia a criaçãobet 12um banco comum a todos os membros, semelhante ao NBD dos BRICS).  

Além disso, os países-membros que "são parte do Tratadobet 12Não-Proliferação Nuclear defendem a observânciabet 12suas cláusulas". E, o que ébet 12importância máxima, eles concordam que a "interação interna à OCX pode vir a se converter na base para a construçãobet 12uma nova arquiteturabet 12segurança na Eurásia". 

Este último ponto,bet 12fato, é o cerne da questão. O que prova que a propostabet 12Putin apresentada nobet 12Astana – após o estratégico acordo da Rússia com a República Popular Democrática da Coreia, que colocou a segurança da Ásia como indissociável da segurança da Europa. Isso é algo que continua – e continuará – incompreensível ao Ocidente Coletivo.  

Uma nova arquiteturabet 12segurança abrangendo a totalidade da Eurásia representa um aperfeiçoamento do conceito russobet 12Parceria da Grande Eurásia – envolvendo uma sériebet 12garantias bilaterais e, nas palavras do próprio Putin, aberta a "todos os países eurasianos que queiram participar", inclusive membros da OTAN.  

A OCX deverá se converterbet 12um dos principais motores desse novo acordobet 12segurança –bet 12drástico contraste com a "ordem baseadabet 12regras" – juntamente com a Organização do Tratadobet 12Segurança Coletiva (CSTO), a Comunidadebet 12Estados Independentes (CIS) e a União Econômica Eurasiana (UEEA).  

O mapabet 12percurso que temos pela frente, é claro, inclui a integração socioeconômica e o desenvolvimentobet 12corredores internacionaisbet 12transportes – do Corredor Internacionalbet 12Transportes Norte-Sul (Rússia-Irã-Índia) ao "Corredor do Meio" mantido pela China. 

Mas os dois pontos cruciais sãobet 12natureza militar e financeira: "Eliminar gradativamente a presença militarbet 12potências estrangeiras na Eurásia e estabelecer alternativas aos "mecanismos econômicos controlados pelo Ocidente, expandindo o usobet 12moedas nacionais para pagamentos, estabelecendo sistemasbet 12pagamento independentes".  

Tradução: o meticuloso processo conduzido pela Rússia para desferir o golpe fatal contra a Pax Americana é, essencialmente, compartilhado por todos os membros da OCX.

Bem-vindos à OCX+ 

bet 12 Mais adiante, o Presidente Putin colocou os princípios básicos da organização, ao confirmar o "compromissobet 12todos os países-membrosbet 12criar uma ordem mundial justa, baseada no papel central das Nações Unidas, bem como o compromisso dos estados soberanosbet 12se engajarbet 12parcerias mutuamente benéficas". 

Putin acrescentou que "os objetivosbet 12longo prazo para a expansão da cooperaçãobet 12política, economia, energia, agricultura, altas tecnologias e inovação estão colocados no projetobet 12estratégiabet 12desenvolvimento da OCX para o período que vai até 2035".

Essa é uma abordagem bastante chinesa ao planejamento estratégicobet 12longo prazo: os planos quinquenais da China já foram formulados até 2035.

O Presidente Xi redobrou esforços quando se trata da parceria estratégica Rússia-China: ambas devem "reforçar a coordenação estratégica ampla, se opor a interferências externas e, conjuntamente, manter a paz e a estabilidade" na Eurásia. 

bet 12 Mais uma vez, temos aqui a Rússia-China como líderes da integração eurasiana e do impulso rumo a um mundo multinodal (itálicos meus, nodal com "n"). 

A cúpulabet 12Astana demonstrou que a OCX realmente subiubet 12patamar após incorporar Índia, Paquistão e Irã – e agora Belarus – como novos membros, alémbet 12estabelecer atores importantes como Turquia, Arábia Saudita, UEA, Qatar e Azerbaijão como parceirosbet 12diálogo, e os estratégicos Afeganistão e Mongólia como observadores.  

Progrediu-se muito desde os Cincobet 12Xangai originais – Rússia, China, mais três "istãos" da Ásia Central que inauguraram a organizaçãobet 122001, essencialmente como um órgão antiterrorismo e anti-separatismo. A OCX evoluiu para uma cooperação geoeconômica séria, discutindobet 12detalhes, por exemplo, questões da segurança das cadeiasbet 12fornecimento.  

A OCX, agora, vai muito alémbet 12uma aliança econômica ebet 12segurança centrada no Heartland, o Grande Interior Eurasiano, que abrange 80% da massa terrestre do continente, responde por maisbet 1240% da população mundial, exibe 25% (tendendo a aumentar) do PIB global e gerou um valorbet 12comércio globalbet 12maisbet 128 trilhõesbet 12dólaresbet 122022, segundo estatísticas do governo chinês. Acrescente-se a isso que a OCX detém 20% das reservas mundiaisbet 12petróleo e 44% dasbet 12gás natural. 

Não ébet 12admirar, portanto, que um desdobramento importante neste ano, no Palácio da Independência,bet 12Astana, foi o primeiro encontro da OCX+, com o tema "O Fortalecimento do Diálogo Multilateral". 

Um verdadeiro 'Quem é quem' dos parceiros da OCX estava presente: o Presidente do Azerbaijão Ilham Aliyeve, o Emirbet 12Qatar Xeique Tamim bin Hamad Al Thani, o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, o membro do Conselho Supremo dos Emirados Xeique Saud bin Saqr Al Qasimi, o presidente do Conselho do Povo do Turcomenistão  Gurbanguly Berdimuhamedov, o Secretário-Geral da ONU Antonio Guterres e o Secretário-Geral da OCX Zhang Ming.

As reuniões bilaterais da Rússia com muitos desses atores da OCX foram substanciais.

O Primeiro-Ministro Modi da Índia não foi a Astana, tendo enviado o Chanceler Jaishankar, que mantém excelentes relações com o Chanceler Lavrov. Modi foi reeleito para seu terceiro mandato no mês passado, e encontra-se assoberbado com o front interno, onde seu partido, o BJP, agora comanda uma maioria muito menor no parlamento. Na próxima segunda-feira ele estarábet 12Moscou – onde se encontrará com Putin.

Os proverbiais charlatães do Dividir para Dominar usaram a ausênciabet 12Modibet 12Astana como provabet 12uma séria desavença entre Índia e China. Bobagem. Jaishankar, após um encontro bilateral com Wang Yi, declarou -bet 12um modo metafórico tipicamente chinês - que "as três mutualidades – respeito mútuo, sensibilidade mútua e interesses mútuos – irão orientar nossos laços bilaterais". 

O que se aplica a suas questõesbet 12fronteira ainda não resolvidas, ao delicado equilíbrio a ser encontrado por Nova Delhi para aplacar os Estados Unidos embet 12obsessão indo-pacífica (ninguém na Ásia usa o termo "Indo-Pacífico", e sim Ásia-Pacífico), e também quanto às aspirações indianas no tocante a ser um líder do Sul Globalbet 12comparação com a China.  

A China se vê como parte do Sul Global. Wang Yiwei, da Universidadebet 12Renmin, autor do que talvez seja o melhor livro sobre a Iniciativa Cinturão e Rota (ICR), afirma que Pequim vê com agrado esse "sensobet 12identidade", com base no fatobet 12que ela representa o Sul Global e foi obrigada a resistir à hegemoniabet 12Washington e à retórica da "desglobalização". 

A Nova Matriz Multinodal 

Astana, mais uma vez, revelou que os principais motores da OCX vêm avançando rapidamentebet 12todas as áreas, da cooperação energética aos corredoresbet 12transportes transfronteiras. Putin e Xi discutiram o progresso na construção do colossal gasoduto Poder da Sibéria 2, bem como a necessidade que a Ásia Central tembet 12ter a China como fornecedorabet 12verbas e tecnologia para desenvolver suas economias.  

A China é hoje o maior parceiro comercial do Cazaquistão (o comérciobet 12duas mãos atingindo 41 bilhõesbet 12dólares e tendendo a aumentar). Ébet 12importância máxima que, ao se encontrar com o presidente cazaque Kassym-Jomart Tokayev, Xi tenha apoiado a solicitaçãobet 12Astanabet 12ingresso nos BRICS+.

Tokayev estava radiante: "O aprofundamentobet 12uma cooperação estratégica e amigável com a China é uma inabalável prioridade estratégica do Cazaquistão". O que significa mais projetos no âmbito da ICR. 

O Cazaquistão – que divide uma fronteirabet 12maisbet 121.700 km com Xinjiang – ébet 12importância absolutamente centralbet 12todas essas frentes: ICR, OCX, UEEA,bet 12breve nos BRICS e, por último, mas não menos importante, na Rota Internacional Transcaspianabet 12Transporte.

Esse é o famoso Corredor do Meio, que liga a China à Europa atravessando o Cazaquistão, o Mar Cáspio, a Geórgia, a Turquia e o Mar Negro. 

Sim, esse corredor não inclui a Rússia: a principal razão é que comerciantes chineses e europeus temem as sanções secundárias dos Estados Unidos. Pequim, pragmaticamente, apoia a construção desse corredor como um projeto da ICR desde 2022. Xi e Tokayev inauguraram por videoconferência aquilo que também pode ser chamadobet 12Expresso Transcaspiano China-Europa. Eles viram os primeiros caminhões chineses chegarem à estrada que leva a um porto cazaque no Mar Cáspio.  

Xi e Putin discutiram o corredor, é claro. A Rússia compreende as limitações chinesas. E, afinal, todo o comércio entre Rússia e China usa seus próprios corredores – à provabet 12sanções. 

bet 12 Mais uma vez, os charlatães do Dividir para Dominar – não entendendo absolutamente nada do óbvio, para não falar dos pontos mais sutis da integração eurasiana – recorrem àbet 12velha e bolorenta narrativa: o Sul Global está dividido, China e Rússia não concordam quanto ao papel da OCX, da ICR e da UEEA. Aqui também, bobagens. 

Todas as frentes avançambet 12paralelo. O Bancobet 12Desenvolvimento da OCX foi, inicialmente, proposto pela China. O Ministério das Finanças russo, que é uma organização gigantesca, com maisbet 12dez vice-ministros – não ficou muito entusiasmado, argumentando que capitais chineses inundariam a Ásia Central. Isso agora mudou, já que o Irã, que tem parcerias estratégicas tanto com a Rússia como com a China – se mostra bastante entusiástico.

A estrategicamente importante ferrovia Quirguistão-Uzbequistão – um projeto ICR – se desenvolveu lentamente, mas avança agorabet 12marcha acelerada, graças a uma decisão tomada conjuntamente por Putin e Xi. Moscou sabe que Pequim – temendo o tsunamibet 12sanções – não pode usar a Transiberiana como a principal rota comercial terrestre rumo à Europa.

A nova ferrovia Quirguistão-Uzbequistão, portanto, é a solução, reduzindobet 12900 quilômetros o trajeto até a Europa. Putin afirmou pessoalmente ao Presidente quirguiz Sadyr Japarov que a Rússia não se opõe. Ao contrário, Moscou dá seu total apoio aos projetos interconectados lançados pelos BRICS e/ou financiados pela UEEA. 

É fascinante assistir à dinâmica russo-chinesabet 12funcionamento no cernebet 12organizações multilaterais como a OCX. Moscou vê a si mesma como um líder da futura ordem multipolar, embora não se considere, tecnicamente, como parte do Sul Global (Lavrov insistebet 12"Maioria Global").  

O "pivotar para o Leste" da Rússia, na verdade, começou na décadabet 122010, mesmo antes do Maidan,bet 12Kiev, quando Moscou começou a consolidar seriamente relações com o ... bem... Sul Global. 

Não ébet 12admirar que agora Moscou veja claramente a nova realidade multinodal que vem surgindo – as novas plataformasbet 12comércio OCX, OCX+, BRICS 10. UEEA, ASEAN, CITNS e a nova arquiteturabet 12segurança eurasiana – como sendo o coração pulsantebet 12uma complexa estratégiabet 12longo prazobet 12esmagar meticulosamente o domínio da Pax Americana.

Traduçãobet 12Patricia Zimbres

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