Os Fantasmas da Alemanha

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No Brasil, a palavra "Vaquejada" refere-se a uma tradicional competição bet356 apk rodeio, no qual participam vaqueiros e seus animais. A ❤️ letra "X1" bet356 apk {k0} particular, no entanto, não tem um significado direto neste contexto.

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O Oqueen 💴 significa "o homem da aldeia".

Um poucobet356 apkhistória bastará para se concluir que a Alemanha é há maisbet356 apkum século um problema para a Europa. Os maiores ataques à paz da Europa vieram da Alemanha. Não esqueçamos que a Otan foi criada para defender o “mundo livre” tanto da União Soviética, como da agressividade autoritária da Alemanha. Nessa altura, a Alemanha estava derrotada e dividida, mas o perigo que esse status quo se viesse a alterar era latente. A criação da União Europeia foi dominada pela mesma desconfiançabet356 apkrelação à Alemanha. Os dirigentes alemães do pós-guerra tudo fizeram para dar credibilidade à ideia da Alemanha como um país pacífico e a UE se beneficiou muito da reconstrução econômica da Alemanha, transformadabet356 apkrelativamente pouco tempo no motor econômico da Europa. Além dabet356 apkprosperidade econômica, a Alemanha afirmou-se como um país ético. A política inicialbet356 apkAngela Merkel sobre a ondabet356 apkimigração foi uma liçãobet356 apkresponsabilidade histórica memorável. Tudo isso ocorreu sem nos darmos contabet356 apkque dois fantasmas assombram a Alemanha.

O primeiro fantasma é a Rússia e a derrota infligida pela Rússia (então União Soviética) à Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Com a Ostpolitikbet356 apkWilly Brandt, esse fantasma parecia neutralizado para sempre, mas bastou a guerra da Ucrânia para se verificar que assim não era. Os objetivos geoestratégicos dos EUA, que incluem a neutralização da Rússia para atingir a China, encontraram na Alemanha a adesão mais entusiástica ou mais subserviente. O genuíno desejobet356 apkpaz desapareceu rapidamente e a Alemanha começou a preparar-se para uma guerra que vai muito além do fornecimentobet356 apkarmas à Ucrânia. A recente revelação dos planos militares alemães para a Crimeia são sinais disso mesmo e o ministro da Defesa Boris Pistorius disse há pouco que “a UE deve estar preparada para guerra antes do fim da década”. A Alemanha convenceu-sebet356 apkque estava bem acompanhada, tendo como aliada uma das potências que a derrotou na Segunda Guerra Mundial. A vitória seria certa e por isso os Acordosbet356 apkMinsk 1 e 2 foram fogobet356 apkvista para dar tempo à Ucrânia para se preparar para a guerra. Afinal, a previsão falhou e, pese embora toda a propagandabet356 apkcontrário, a Rússia está ganhando a guerra e as condições que no pós-guerra garantiram a prosperidade da Alemanha levarão muito tempo a reconstruir, se é que isso ocorrerá. Os EUA sairão da Ucrânia quando lhes convier, tal como fizeram no Afeganistão, no Iraque, na Síria e na Líbia, mas a Alemanha e a Europa ficarão reféns das consequências dessa saída. A Alemanha pensou que finalmente estava do lado certo da história e ainda não se apercebeubet356 apkque, para o bem e para o mal, a história rumoubet356 apknovo ao Oriente, onde aliás esteve mais tempo na longa duração da história. A Alemanha e a própria Europa só acordarão deste desvario quando tiverem que explicar aos seus cidadãos que defender militarmente Taiwan faz parte da segurança europeia.

O segundo fantasma é o Holocausto. O que se passa na Alemanha depoisbet356 apk7bet356 apkOutubro é algo muito estranho. Compreende-se que a culpa histórica pelo horrendo crime que cometeu há apenas noventa anos a obrigue a inequivocamente afirmar o direitobet356 apkIsraelbet356 apkse defender, e até a afirmar que a segurançabet356 apkIsrael é a raison d’être da Alemanha. Afinal, a existênciabet356 apkIsrael é o resultado desse crime. O que não se compreende é o extremismo com que o faz. Qualquer crítica a Israel é considerada antissemitismo, o chanceler alemão repete à exaustão, contra toda a violência diariamente televisionada, que o comportamentobet356 apkIsrael se pauta “pelos princípios mais humanitários”, qualquer protesto contra o genocídio (palavra proscrita)bet356 apkGaza é proibido, os próprios judeus alemães que se manifestam contra a políticabet356 apkIsrael são censurados, os imigrantes, muito deles originários da região desestabilizadabet356 apkboa parte devido à política agressivabet356 apkocupação territorial por partebet356 apkIsraelbet356 apkcontravenção com as resoluções da ONU, correm o riscobet356 apkser deportados se se manifestarem a favor da Palestina, visitantes estrangeiros que participembet356 apkcolóquios onde o problema da Palestina seja abordado com alguma imparcialidade são proibidosbet356 apkentrar ou banidos.

A luta contra o antissemitismo é mais do que legítima e necessária, mas defendê-la desta forma é alimentar o autoritarismo, a xenofobia e a islamofobia e,bet356 apkúltima instância, o antissemitismo. É pactuar com o senso comum do Estadobet356 apkIsraelbet356 apkque os palestinos são seres inferiores, “animais humanos” que não merecem outra coisa senão extermínio, limpeza étnica. É passar um chequebet356 apkbranco a um primeiro-ministro altamente impopularbet356 apkIsrael que,bet356 apkface dos crimesbet356 apkque está acusado, vê na continuidade e no alargamento da guerra a condição dabet356 apksobrevivência.

* Este é um artigobet356 apkopinião,bet356 apkresponsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasilbet356 apk.

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