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    Reimont Otoni

    Deputado federal (PT-RJ), vice-líder do PT na Câmara e membro da Comissãogalera bet appTrabalho

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    O silêncio é cúmplice do holocausto

    "Sob a alegaçãogalera bet appcombater o terrorismo, Israel espalha o terror", dispara Reimont Otoni

    Ataquegalera bet appIsraelgalera bet appKhan Younis, sulgalera bet appGaza (Foto: REUTERS/Mohammed Salem)

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    Em seu discurso, na 16ª Cúpula do Brics, transmitido por vídeo-conferência, o presidente Lula conclamou o mundogalera bet appdefesagalera bet appum cessar-fogo efetivogalera bet appGaza e no Líbano, que reconheça o estado Palestino e coloque um fim ao extermínio daquele povo. Disse Lula: “Gaza se tornou o maior cemitériogalera bet appcrianças e mulheres do mundo”.

    O apelo emocionado é urgente, frente à aceleração da voracidadegalera bet appIsrael. 

    Os últimos dias trouxeram mais imagens, declarações e informações repugnantes e que comprovam a intenção genocida do governo israelensegalera bet apprelação, hoje, a Palestina e ao Líbano, mas com ameaça a todo o Oriente Médio e à paz mundial.

    Essa intenção fica muito evidente nas palavrasgalera bet appItamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional do governogalera bet appBenjamin Netanyahu, que defendeu abertamente a ocupação da Faixagalera bet appGaza por assentamentogalera bet appisraelenses. 'A terragalera bet appIsrael é nossa', disse ele no evento 'Preparando para Reassentar Gaza'. Para eles, a “terragalera bet appIsrael” inclui os territórios palestinos, que desde 1948 vêm perdendo suas fronteiras para o sionismo.

    E os números têm trágicas atualizações diárias. Na quinta-feira, 24/10, um ataque israelense atingiu uma escola no campogalera bet apprefugiadosgalera bet appNuseirat, no centro da Faixagalera bet appGaza. Ao menos 17 pessoas morreram, a maioria mulheres e crianças, entre elas, um bebêgalera bet app11 meses. Ontem, 25/10, um bombardeio atingiu duas casas no bairrogalera bet appAl-Manara, no sul da cidadegalera bet appKhan Younis, uma das mais populosas do enclave palestino; pelo menos 38 pessoas morreram, incluindo 14 crianças sufocadas pela fumaça provocada pelos mísseis israelenses. 

    No nortegalera bet appGaza, onde uma área ao redor da cidadegalera bet appJabalia tem sido alvogalera bet appuma cruel ofensiva há semanas, as forças israelenses invadiram o Hospital Kamal Adwan, um dos poucos aindagalera bet appatividade. Cercaram e bombardearam o local.

    Da legiãogalera bet appmaisgalera bet app100 mil palestinos feridosgalera bet apptodas as idades, a maioria sofreu amputações pelas bombas e quase sempre pela faltagalera bet appacesso a hospitais e a insumos básicos para atendimento e tratamento, bloqueados pelo exército israelensegalera bet appocupação. galera bet app Mais uma vez, as crianças são as principais vítimas.

    Uma reportagem do site A Pública,galera bet app3galera bet appoutubro, denuncia que, só até junho, um totalgalera bet apppelo menos 2 mil criançasgalera bet appGaza teve uma ou ambas as pernas amputadas,galera bet appacordo com as Nações Unidas: é o equivalente a aproximadamente dez crianças amputadas por dia. Muitas delas precisaram ser operadas sem anestesia, sem instrumentação e assepsia adequadas,galera bet applocais inapropriados. Leiam a reportagem e tentem não chorar.

    Sob a alegaçãogalera bet appcombater o terrorismo, Israel espalha o terror. Não começou agora. O que Israel faz hoje, sob o comandogalera bet appNetanyahu e com o apoio dos Estados Unidos, é acelerar um processogalera bet appcurso há maisgalera bet appsete décadas e que envolve interesses no petróleo e no domíniogalera bet appfontesgalera bet appágua potável, especialmente da Bacia do Rio Jordão, que abastecem Israel, Líbano, Síria e Jordânia.

    Gaza é a portagalera bet appentrada estratégica nessa disputa cruel. A paz tem que passar por Gaza.

    Entre 1947 e 1949, mais da metade da população palestina foi expulsagalera bet appsuas casas. Atualmente, Israel ocupa maisgalera bet app20 mil quilômetros quadrados do território (76% da área), aos palestinos cabem apenas 6 mil quilômetros quadrados (24%),galera bet appGaza e na Cisjordânia, também ocupada. Em 1947, uma lei internacional, destinou 55% do território que pertencia a Palestina à criação do Estadogalera bet appIsrael; os 45% restantes caberiam à criação do estado palestino independente, soberano, o que jamais ocorreu e que precisa acontecer,galera bet appnome da Humanidade. É urgente!

    * Este é um artigogalera bet appopinião,galera bet appresponsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasilgalera bet app.

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