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Ninguém será preso ou vai deixarvbetftnser preso porque a torcida quer. Estamos num Estado democráticovbetftnDireito — que, aliás, andou por um triz na era bolsonarista. Mas o empatevbetftn43% x 41%, detectadovbetftnpesquisa da Quaest, entre os que acham que Jair Bolsonaro deve ou não ir para a cadeia suscitou uma outra discussão: passados nove meses da eleiçãovbetftnLula por pequena diferença, e depois do estrondoso desgaste na imagem do ex-capitão provocado por tudo o que se descobriuvbetftnmatériavbetftngolpismo e corrupção, o país ainda está cindidovbetftnduas metades?

O mesmo levantamento da Quaest traz dados indicando que pode não ser mais assim — e que, nos 41% contrários à prisão do ex-presidente, pode haver entrevistados que não estão acompanhando bem o noticiário político-policial sobre Bolsonaro, ou que são contrários a seu encarceramento mas não são seus eleitores. As próximas pesquisas devem passar isso a limpo.

Nas atuais, porém, o acrescimento na aprovaçãovbetftnLula, sobretudo na pergunta dicotômica, mostra que as coisas estão se mexendo. De abril para cá, a aprovação do presidente cresceu 9 pontos percentuais e chega hoje a 60%, enquanto a desaprovação (35%) caiu 7 p.p. São diferenças bem acima da margemvbetftnerro, mostrando trajetória consistente, reforçada pelas respostas sobre a avaliação geral do governo (42% positivo 29% regular e 24% negativo) e sobre a economia, que na opiniãovbetftn59% vai melhorar nos próximos 12 meses.

Melhoras discretas na avaliação do governo entre os evangélicos, público no qual a aprovação a Lula (50%) pela primeira vez supera a desaprovação (46%), e entre eleitoresvbetftnBolsonaro (25% aprovam) reforçam a possibilidadevbetftno eleitorado estar, finalmente, posicionando-se fora da chamada “polarização" entre lulistas e bolsonaristas que marcou os últimos anos.

* Este é um artigovbetftnopinião,vbetftnresponsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasilvbetftn.

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