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    Marcelo Zero

    É sociólogo, especialistabet per lineRelações Internacionais e assessor da liderança do PT no Senado

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    O conflito da Venezuela não pode ser internacionalizado

    "O Brasil precisabet per lineum entorno pacífico, cooperativo e próspero, livrebet per lineconflitos ebet per lineinstabilidades", escreve Marcelo Zero

    A líder da oposição enezuelana Maria Corina Machado se dirige a apoiadores durante uma marchabet per lineCaracas contra o resultado das eleições (Foto: REUTERS/Fausto Torrealba)
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    As análises sobre o que acontece na Venezuela estão repletasbet per linepassionalidade, uma má conselheira. A extrema polarização política daquele país reflete-se também nos planos regional e internacional.

    Em geral, tais análises são um tanto simplistas e maniqueístas, para usar eufemismos condescendentes. A ignorância sobre o processo venezuelano é abissal.

    De um lado, estão os que sempre classificaram os governos chavistas como “ditaduras”, apoiaram o golpe contra Chávez,bet per line2002, apoiaram a violência das “guarimbas” e, agora, apoiam sorridentes as sanções ilegais, as mortes que elas causam, e as ingerências externas contra o regimebet per lineCaracas. São os defensoresbet per linehábitobet per lineuma singular “democracia”, que devasta povos e países. Nossa mídia está repletabet per linedefensores dessa curiosa e violenta “democracia”.

    De outro, estão os que acham que o governobet per lineMaduro, sob extrema pressão interna e externa, é inatacável e tembet per lineser defendido a quaisquer custos e sob quaisquer argumentos. Um regimebet per linequerubins anti-imperialistas, como se sabe, incapazbet per lineequívocos e que não pode ser objetobet per linecríticas. Quem assim procede seria “traidor”.

    1. Maduro está reeleito. O CNE anunciou o resultado na madrugada da segunda-feira e, algumas horas depois, Maduro já estava empossado. Pena que os boletins digitais (não confundir com atasbet per linepapel), tão morosos dessa vez, não surgiram para participar da festa flash da democracia. Porém, independentemente das dúvidas suscitadas pela não divulgação das atas digitais e das cifras desagregadas, bem como das justas e corretas demandas dos governos do Brasil, da Colômbia e do México por uma maior transparência da apuração eleitoral, parece muito improvável,bet per linecurto prazo, que esse fato consumado seja revisado ou revisto. 
    2. É preciso trabalhar também com a hipótesebet per lineque os boletins, aparentemente perdidos durante muito tempo numa obscura dimensão quântica, talvez sequestrados por elétrons politizados, não ressurjam ou, caso emerjam para a superfície macrocósmica, não sejam consideradas impolutos e incontestáveis. Como o gatobet per lineSchrödinger, esses boletins poderão estar vivos ou mortos, ou serem verdadeiros ou falsos, a depender do observador. Em todo caso, o impasse prosseguirá.
    3. O governo do Brasil terábet per linelidar com essa realidade da forma mais racional e sensata possível, pensando na defesabet per lineseus interesses maiores, no seu protagonismo na América do Sul e na preservação da integração regional. Evidentemente, a reediçãobet per lineuma “solução Juan Guaidó” não é realista e causaria,bet per linenovo, graves danos à Venezuela é à região. 
    4. A situação atual da Venezuela aumenta drasticamente a probabilidadebet per lineuma nova espiralbet per lineviolência naquele país e da internacionalização geopolíticabet per lineum conflito que deveria ser resolvidobet per lineâmbito regional.

    Trata-se, portanto,bet per lineum quadro complexo,bet per linesolução muito difícil.

    O ponto 4, acima destacado, me parece o mais grave.

    O governo Biden já deixou claro que reconhece a “vitória”bet per lineGonzález Urrutia, pacato diplomata que teria prestado serviços relevantes à selvagem repressão anticomunistabet per lineEl Salvador, no que está sendo acompanhado por diversos governos conservadores da região ebet per lineoutras localidades do planeta. Isso abrirá caminho para mais sanções, tensões e violência.

    Por seu turno, Maduro parece estar fazendo uma aposta geopolíticabet per linerisco.  

    Essa política foi revisada já no governo Rafael Caldera e, sobretudo, nos governosbet per lineChávez, que era um grande entusiasta da integração regional. Frise-se que Chávez procurou manter relações pacíficas e cooperativas até mesmo com a Guiana, com a qual a Venezuela tem disputa territorial concernente à Essequibo.

    Seria algo profundamente lamentável que a Venezuela investisse,bet per linenovo,bet per lineum isolacionismo regional, por motivos político-ideológicos amplamente questionáveis.

    Sobretudo, seria algo desastroso para os interesses do Brasil e da integração regional que a nossa região sucumbisse aos falsos dilemas causados pela nova Guerra Fria. E que o conflito se espraie pela região, como adverte Petrus.

    O Brasil tem, hoje, uma política externa universalista, centrada na defesa dos interesses maiores do país, na paz, no diálogo e na cooperação. Essa política externa pragmática e racional só pode frutificar, se resistir a pressões por alinhamentos que limitem nossa soberania e nosso protagonismo. 

    Hábet per linese fazer um esforço para não aumentar ainda mais a temperatura do conflito interno da Venezuela e não incentivar a tendência ao isolacionismo contraproducente desse vizinho

    O Brasil precisabet per lineum entorno pacífico, cooperativo e próspero, livrebet per lineconflitos ebet per lineinstabilidades, principalmente os originadosbet per lineâmbito extrarregional. 

    Nesse sentido, é necessário que o Brasil e os demais países progressistas da região, como Colômbia, México etc., se empenhem, mesmo com todas as dúvidas sobre o último pleito venezuelano,bet per linemanter um diálogo com a Venezuelabet per lineMaduro, e continuem a contribuir para inseri-la nos processosbet per lineintegração regional e para pacificá-la.

    A Venezuela não pode ser conduzida a cruzar definitivamente o Rubicão geopolítico do isolacionismo regional e da adesão aos falsos dilemas da nova Guerra Fria.

    Isso implicará manter o novo governo Maduro como um interlocutor legítimo, sem que se abandone o diálogo com a oposição venezuelana, mesmo com seus setores mais radicalizados. Os canaisbet per linenegociação precisam ficar abertos. Isso é vital.

    Será, sem dúvida, um exercício difícil, que provocará desgaste interno. Vale a pena? Vale.

    A estratégia contrária seria muito perigosa e poderia mergulhar nossa regiãobet per lineum conflito profundamente desagregador e violento. Não se pode repetir o desastre bolsonarista, que investiu no confronto com o governo chavista, o qual nos fez perder muito protagonismo naquele vizinho.

    Política e geopolítica se fazembet per linecondições concretas, que muitas vezes escapam do nosso controle e vontade. Julgamentos moralistas, frequentemente hipócritas, não mudam a realidade.

    A revolução chavista foi, sobretudo, uma revolução democrática, que implodiu os estreitos limites jurídico-políticos do pacto oligárquicobet per linePunto Fijo e ampliou consideravelmente a participação popular nos processos decisórios daquele país. 

    É natural, por conseguinte, que alguns lamentem atitudes que possam macular os princípios que nortearam essa notável revolução, que investiu muitobet per lineum sistema eleitoral elogiado internacionalmente, perfeitamente capazbet per linedar respostas rápidas e transparentes, como historicamente o fez. 

    Sabemos que boa parte da oposição da Venezuela é violenta e não tem quaisquer compromissos democráticos, mas dos chavistas espera-se, naturalmente, o oposto. Como assinalou Cristina Kirchner, espera-se que o legadobet per lineChávez seja respeitado.

    Fascismo se combate com democracia. O Brasil assim o fez. Espera-se que a Venezuela possa fazê-lo também.

    Talvez seja ingênuo esperar que Maduro tenha a mesma envergadura políticabet per lineChávez. Ele poderá manter-se embet per lineposição rígida, desafiadora e, para alguns, desapontadora.

    Não obstante, ante as circunstâncias, a coisa mais democrática a se fazer, no plano externo, é não se apostarbet per lineisolamento,bet per linesanções que provocam pobreza e fome, ebet per linemais violência. Com atas ou sem atas. 

    O caminho do diálogo e das negociações, aindabet per linequebet per linecircunstâncias muito desfavoráveis, é sempre o melhor caminho.

    Afora isso, só restaria outro adágiobet per lineGoethe: não há nada mais atemorizante que a ignorânciabet per lineação. 

    Melhor acolher a árvore da vida.

    * Este é um artigobet per lineopinião,bet per lineresponsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasilbet per line.

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