O Brasil na liderança mundial da luta contra a fome e a pobreza

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Os avanços do Brasil no combate à fome e à pobreza já no primeiro ano do governo Lula legitimam nosso país como líder do processo mundialcombate a essas duas mazelas. Já no ano passado, nosso governo conseguiu diminuir85% a insegurança alimentar severa no país, conforme Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial. Daí a importância da proposta do presidente Lulalançar, no mês passado, no RioJaneiro, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, feita durante encontro do G20 – que reúne as vinte maiores economias do mundo.

A própria FAO  (Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) indicou na semana passada que o Brasil está pertoatingir o índice necessário para deixar o Mapa da Fome, para o qual foi levadovolta pelo governo militarista passado.  O Brasil tinha superado esse flagelo com os governos do PT entre 2003 até o golpe2016. Agora, o País,  com Lula, o PT e aliados,  tornou-se a região do mundo que mais reduziu a fome2023.

Em números absolutos, 14,7 milhões saíram da condiçãoinsegurança alimentar severa. A fome, que afligia 17,2 milhõesbrasileiros2022, atingiu 2,5 milhões ano passado. Ou seja, percentualmente a queda foi8% para 1,2% da população.  O  compromissoLula éerradicar a fome no País até 2026.

Para conquistarmos os avanços, foi essencial o conjuntoprogramas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, lançado2023 pelo governo atual, com três eixos: acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania; alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo; mobilização para o combate à Fome.

Nossa experiência, que começou com o revolucionário Bolsa Família, agora resgatado, pode e deve ser replicadatodo o mundo. A fome, se mantida regularmente, leva a prejuízos graves à saúde física e mental, sobretudo na primeira infância, no desenvolvimento e na formação cognitiva.

Os programas do governo são um exemplo a ser replicado pelo mundo afora, já que são praticamente 15 milhõesbrasileiros e brasileiras que deixaram a condiçãoinsegurança alimentarapenas um ano. Todas as ações do Governo  Lula apontam na perspectiva da superação da fome e da miséria.

Entre outras iniciativas,  é ponto central das políticas do atual  governo a valorização do salário mínimo, do Bolsa Família e do BenefícioPrestação Continuada (BPC). É também estratégica a retomada do ProgramaAquisiçãoAlimentos da Agricultura Familiar (PAA), que assegura produção e renda aos agricultores familiares, com a compra dos produtos para serem distribuídos a equipamentos públicos. Do mesmo modo, é fundamental a  valorização da Política NacionalAlimentação Escolar (PNAE), que não teve reajuste no governo anterior e hoje beneficia mais40 milhõesestudantes da rede pública.

Lula tem autoridade política e moral para chamar a atenção das nações do mundo para o grave drama social que são a fome e a pobreza.    Em 2003, ao assumir o primeiro mandato, Lula  disse que teria ” cumprido a missão”sua vida se, ao final do seu governo,  todos brasileiros e brasileiras tivessem a oportunidadefazer, ao menos, três refeições diárias. Como atestam os dados da ONU, estamos no rumo certo, com um conjuntopolíticas públicas para  cuidartodos etodas e garantir oportunidade, renda e dignidade às pessoas.

(*) Odair Cunha é deputado federal por Minas Gerais e líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados

Artigo publicado originalmente na Revista Focus da Fundação Perseu Abramo