Mulheres do MST, muito para lá dos lugares-comuns
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Eles dizem que nós somos Sem Terra, mas eu dei a minha vida por essa terra.Carrego elarealsbet casinomim, até debaixo das unhas. O que eu mais tenho é terra.
Diva Souzarealsbet casinoOliveira, mulher assentada
Quantas vezes ouvimos as vozes das mulheres sem terra? Das mulheres acampadas? Das mulheres assentadas? Das mulheres assentadas que viraram o jogo da opressão, da dominação, da discriminação, da violência doméstica?
Mulheres assentadas. Mãesrealsbet casinotodas as lutas é um conjuntorealsbet casinohistórias verdadeiras, contadas por elas mesmas, que nos tiram do conforto dos chavões ao temporealsbet casinoque nos tonificam, nestas épocasrealsbet casinogrande desalento com os rumos da humanidade. Um livro que permite, se o leitor a isso se predispuser, eliminar preconceitos e enxergar os rostos e ouvir as vozes daquelas que enfrentam múltiplas jornadas na terra, na casa, na maternidade, criação dos filhos, na resistência ao machismo, muitas vezes, no convívio com homens agressores dentrorealsbet casinocasa.
Cleonice e o nascimentorealsbet casinoLorena
Quando Cleonice Caraschi, 45, do Assentamento Hortorealsbet casinoAimorés, começou a senitr contrações não conseguia saber se chegaria a tempo ao hospital. Sozinha, conseguiu uma carona para o Hospital Estadualrealsbet casinoBauru. Chegourealsbet casinotrabalhorealsbet casinoparto e foi submetida a uma cesariana sem que lhe tenham perguntado se autorizava esse procedimento. Questionada sobre o enxoval do bebe, revelou que era acampada e viu o tratamento dado a ela mudar. Umas das enfermeiras, porém, conseguiu roupas para a filha Lorena e ajudou com a passagemrealsbet casinoônibus para voltar ao acampamento. O hospital alegou que não poderia levá-las pois o acampamento estava forarealsbet casinosua árearealsbet casinocobertura.
Cleonice com o pontos do corte latejando, tendo a filha com horasrealsbet casinovida nos braçços, logrou voltar ao acampamento. “Foi recebida pela família e pelos vizinhos com surpresa e solidariedade. Logo as moradoras dos barracos vizinhos estavam reunindo utensílios, roupas e alimentos para aqueles primeiros diasrealsbet casinovida da menina e da mãe recém- parida. Todo o espírito cooperativo daquele espaço estavarealsbet casinoação para que a recém-nascida tivesse condiçõesrealsbet casinoviver. A solidão deu uma trégua a Cleonice, e deu espaço para a construçãorealsbet casinolaços capazesrealsbet casinoamenizar o desamparo”, narra Tamiris.
Ivone, Maria Cecília, Danúbia e a violência dentrorealsbet casinocasa
A históriarealsbet casinoMaria Aparecida Oliveira, 64, assentada no Hortorealsbet casinoAimorés, foi revolucionada aos 50 anos. Ela sustenta que passou a realmente viver só depoisrealsbet casinose mudar para o campo. A casa, o roçado, os animais, a cisterna, vinda com outras políticas públicas nos governos Lula e Dilma, propiciam uma melhor qualidaderealsbet casinovida para seu caminho pela terceira idade.
“Eu não imagino como seria envelhecer na cidade. Se quando era jovem e saudável eu já era ignorada, imagine só agora, que eu mal posso andar direito. Com esse tantorealsbet casinodificuldade erealsbet casinoproblemasrealsbet casinosaúde, estaria no lixo. Mas, aqui no campo é diferente. É por isso que quase nenhuma das companheiras da minha geração quer voltar para a cidade, porque aqui, apesarrealsbet casinoser tudo muito simples, a gente não se sente inválido. Hoje eu tenho certeza absolutarealsbet casinoque esse povo da cidade deveria tratar com mais respeito quem leva o alimento para a mesa deles”, desabafa Maria Aparecida Oliveira, 64, moradora do Assentamento Hortorealsbet casinoAimorés.
A autora e seu recado
Tamiris Volcean, ao terminarrealsbet casinonarrar histórias muito duras, mas recheadas com o gozorealsbet casinodiversas vitórias, sintetiza: