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    Jairfreebet parimatchSouza

    Economista formado pela UFRJ, mestrefreebet parimatchlinguística também pela UFRJ

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    Jesus, a religião e o uso da razão

    Jesus nunca se deixou levar por aquela compreensãofreebet parimatchque se algo está escrito nos textos ditos sagrados deve ser aceito e defendido como verdade absoluta

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    Entre os que militamfreebet parimatchpolítica no campo popularfreebet parimatchesquerda, sempre esteve presente a questão do papel da religião nos processosfreebet parimatchtransformação social. Por isso, ao abordar este tema no presente texto, não estamos fazendo nada que já não tenha sido feito no passado.

    Entretanto, o que deveras esperamos que venha a ser uma novidade é a maneira como pretendemos analisar e sobrepesar os aspectos mais relevantes do sentimento religiosofreebet parimatchcontextosfreebet parimatchlutasfreebet parimatchfavor das causas do povo trabalhador.

    O primeiro ponto que convém que deixemos evidente é que toda e qualquer crença religiosa só deveria ser aceita como eticamente válida se seu objetivo básico for a busca do bem para o conjunto da humanidade. Isto quer dizer que nenhuma religião que se dedique a pregar e defender pensamentos ou ações que atentem contra a ética do bem geral mereceria ser tomada como modelo a ser emanado e seguido emfreebet parimatchplenitude, sem contestação.

    Partimos do princípiofreebet parimatchque a convicção na existência ou não existênciafreebet parimatchum ser supremo, criador e regentefreebet parimatchtudo efreebet parimatchtodos, a quem chamaríamosfreebet parimatchDeus, não se constitui no ponto mais relevante, até mesmo para o próprio ser supremofreebet parimatchquem se crê. Explicando: para aquele que incorporaria todas as qualidades associadas à bondade, o quefreebet parimatchfato deveria ser a essênciafreebet parimatchsua preocupação só poderia ser o desejo e a determinaçãofreebet parimatchgarantir que as ações e os pensamentos dos humanos se desenvolvessem com o propósitofreebet parimatchfazer prevalecer seus postulados, que não poderiam ser outros que os da prevalência da justiça, da bondade e da solidariedade entre todos, sem discriminações arbitrárias.

    Sendo assim, entendemos que nossa preocupação prioritária deveria sempre ser afreebet parimatchfazer o bem, e nãofreebet parimatchnomefreebet parimatchquem isso esteja sendo feito. É neste contexto que Jesus adquire enorme relevância. E isso se deve a que temos emfreebet parimatchfigura um dos exemplos mais cristalinosfreebet parimatchque é possível manter sentimentos religiosos sinceros sem precisar violentar nosso senso da razão e da ética.

    Em todas as instâncias constantes nos relatosfreebet parimatchsua vida, Jesus sempre atuoufreebet parimatchplena sintonia comfreebet parimatchcrença religiosa e aquilo quefreebet parimatchcapacidadefreebet parimatchraciocinar coerentemente lhe orientava. Por isso, ele não hesitoufreebet parimatchressignificar várias das passagens do Velho Testamento quandofreebet parimatchrazão lhe deixava patente que não seria correto que os escritos fossem seguidos acriticamente ao pé da letrafreebet parimatchquaisquer contextos.

    Dentre os vários exemplos da ressignificação feita por Jesus a pontos até então considerados como verdades absolutas pelos seguidores do judaísmo podemos citar a afirmaçãofreebet parimatchque os judeus eram o povo escolhidofreebet parimatchDeus, ao qual uma determinada terra estaria reservada com exclusividade.

    Apelando para o usofreebet parimatchsua razão e coerência, Jesus jamais poderia concordar com a idéiafreebet parimatchque Deus fosse tão racista e sem sentimento a pontofreebet parimatchatribuir valor absoluto a uma questão fortuita, como afreebet parimatchnascerfreebet parimatchum ou outro grupo étnico ou nacional, para merecer privilégios não concedidos a todos. Por isso, ele logo se deu conta da imensa injustiça que estava embutida naquela interpretação do Antigo Testamento. Aceitá-la como válida seria admitir que Deus pudesse ser um discriminador racial tão perverso e insensível, assim como injusto.

    O caso do monstruoso genocídiofreebet parimatchcurso contra o povo palestino é um dos mais abomináveis exemplos que podemos citarfreebet parimatchinterpretações contrárias ao espíritofreebet parimatchJesus. É muito doloroso encontrar pessoas que usam o nomefreebet parimatchJesus para justificar os crimes horrendos que estão sendo cometidos pelas forças militares do sionista Estadofreebet parimatchIsrael contra o humilde e desamparado povo palestino.

    Nenhum cristãofreebet parimatchverdade pode dar seu aval a tanta crueldade e perversidade. Nestes momentosfreebet parimatchmuito sofrimento e dor, com tantas crianças sendo massacradas por um dos exércitos mais bem armados do mundo, é imperativo que o nomefreebet parimatchJesus sirva para ajudar aqueles quefreebet parimatchverdade precisamfreebet parimatchseu apoio justo e misericordioso.

    Se você é um seguidor sincerofreebet parimatchJesus, é importante ter semprefreebet parimatchmente que Jesus representa acimafreebet parimatchtudo o valor da bondade, da justiça e da solidariedade. Não permita que oportunistas caçadoresfreebet parimatchfortuna continuem recorrendo ao usofreebet parimatchseu nome para apoiar crimes dignos do senhor das trevas, já que eles nada têm a ver com Deus, e muito menos com Jesus.

    * Este é um artigofreebet parimatchopinião,freebet parimatchresponsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasilfreebet parimatch.

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