Falta esclarecer a guinada internacional do Brasilyalla bet sign upLula 3
"As autoridades diplomáticas e o comando político do país fizeram uma opção que é pobre diante do pulso da disputa política", escreve Mario Vitor Santos
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No Brasil:- Lula vence a eleição, atesta o órgão eleitoral
- O derrotado tenta golpe militar
- O governo do Brasil quer que os golpistas, aqui, sejam punidos.
Na Venezuela:
- Maduro vence a eleição, diz o órgão eleitoralyalla bet sign uplá.
- O derrotado convoca golpe militar
- O governo do Brasil quer que o vencedor faça acordo com os golpistas. Na Venezuela.
O Conselho Nacional Eleitoral venezuelano entregou à Suprema Corteyalla bet sign uplá o conjunto das agora famosas atas das urnas. As atas, porém, viraram temayalla bet sign uptodo cuidado, depois que a oposição acusou fraudes, como era esperado, e fezyalla bet sign upprópria divulgação do resultado com baseyalla bet sign upatas falsificadas.
O governo brasileiro e o Itamaraty,yalla bet sign upmaneira inédita, exigem as atas. Dizem que são condição para reconhecer o resultado das urnas, a vitóriayalla bet sign upNicolás Maduro. O poder judiciário venezuelano quer que os acusadores apontem as fraudes que dizem existir.
No caso da Venezuela, a mudança na atitude brasileirayalla bet sign upLula foi notável. Lula chegou a dizer que Maduro precisava aprender a perder, sugerindo antecipadamente o resultado da eleição e intuindo alguma insurgência do presidente venezuelano contra eventual resultado negativo. Lula fez restrições à eliminaçãoyalla bet sign upuma candidaturayalla bet sign upinelegível e optou por atribuir a um discursoyalla bet sign upcampanhayalla bet sign upMaduro a intençãoyalla bet sign uprealizar uma ameaçayalla bet sign upum banhoyalla bet sign upsangue se ele perdesse o pleito. São todas posições incorretas e mal informadas.
Do lado presidencial e diplomático brasileiro, a situação passou a se revestir publicamenteyalla bet sign uppreconceito e mal-humor. Transpirou-se nos corredores dos paláciosyalla bet sign upBrasília que havia uma exaustão, pois o Brasil já teria pagado caro por seu apoio à Venezuela, sem que se explicasse que preço foi esse que tanto custou ao pais.
Não há manifestações sobre o fatoyalla bet sign upo golpista Edmundo González, a serviço da agente estadunidense Maria Corina Machado, rejeitar assinar o acordo prévioyalla bet sign uprespeito ao resultado das urnas. Nem ao fatoyalla bet sign upterem convocado as forças armas venezuelanas a se insurgiryalla bet sign upgolpe militar. Nem mesmoyalla bet sign upGonzález ter se declarado presidente, um novo Juan Guaidó, no que foi imediatamente apoiado pelos Estados Unidos.
O mais crucial, porém, é o que segue. Impõe-se uma avaliação política do cenário: há uma tentativayalla bet sign upgolpe no país encabeçada pela extrema-direita fascista, aliadayalla bet sign upBolsonaro e Javier Milei, com apoio dos Estados Unidos. E o Brasil lamentavelmente tergiversa. São essas as forças do jogo político. Na questão venezuelana, o Brasilyalla bet sign upLula está do mesmo ladoyalla bet sign upseus adversários internos, a extrema-direita bolsonarista, e externos, como Javier Milei.
Para sair desse beco, que falta fazem Marco Aurelio Garcia e Samuel Pinheiro Guimarães.