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    Denise Assis

    Jornalista e mestraComunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora"Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

    757 artigos

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    Descansem, EUA. A única bomba que temos, por ora, é Pablo Marçal

    "No momento, a única bomba que o país produziu chama-se Pablo Marçal", escreve Denise Assis

    Pablo Marçal (Foto: Reprodução/Instagram/@pablomarcalporsp)

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    A publicaçãoum artigo que tratou da desconfiança estadunidense sobre a produção do submarino nuclear Álvaro Alberto suscitou algumas conversas paralelas entre os que se interessam pela questão no meio militar. Estudiosos do tema se posicionaram, e uma das mensagens chamou minha atenção particularmente, por afirmar: “Fazer a bomba é muitíssimo mais fácil do que fazer submarinos com propulsão nuclear!!”

    Para os leigos, a categórica tese surpreende, pois sempre vimos a bomba, aquele monstro capazmatar quase duzentas mil pessoassegundos, provocando uma fumaça densaformacogumelo, como algo muito complexo, do qual deveríamos manter distância. O submarino, feito aqui, pertonós, com nomegente, soa mais amigável. Mas, um ou outro, segundo o império parece nos dizer durante todo o tempo, não é para o nosso bico.

    Em resumo: o Brasil ter a capacidadeenriquecer urânio incomoda muito a potência hegemônica, mesmo sabendo que o urânio enriquecido não se destina à produçãobombas.

    A propulsão nuclear é considerada pela Agência InternacionalEnergia Atômica como uma alternativa para a propulsão diesel-elétrica convencionalsubmarinos. Essa posição da AIEA foi tornada pública desde quando a Argentina protestou contra o afundamento do Cruzador Belgrano na Guerra das Malvinas pelo Conqueror, um submarino inglês com propulsão nuclear.

    A Alemanha, na década1970, precisavaeletricidade gerada por usinas nucleares que usavam combustível nuclear produzidosolo da Holanda, pela empresa URENCO (pertencente à Alemanha, Holanda e Inglaterra), usando nausinaenriquecimentourânio a moderna e recém-desenvolvida tecnologia, pois a geopolítica da época não permitia receber da União Soviética o gás necessário para suas usinas termoelétricas. Entretanto, ofertaram ao Brasil a tecnologia “jet nozzle”, concebida por um professor alemão, que nunca havia enriquecido um miligramaurânio. A Agência InternacionalEnergia Atômica (AIEA) pressionou para que fosse inserida no Acordo Brasil e Alemanha uma cláusula proibindo terminantemente que qualquer tecnologia transferida no acordo tivesse aplicação militar.

    Na época da criação da NUCLEBRAS, o professor Benedict, do MIT (Massachusetts Institute of Technology), explicou durante uma aula as bases do processo "jet nozzle" e, ao terminar, disse rindo: “os brasileiros acreditaram e estão pagando uma fortuna por isso". O professor Benedict foi o fundador do DepartamentoEngenharia Nuclear no MIT.

    Foi o Almirante Maximiano da Fonseca quem determinou que se averiguasse as possibilidadeso Brasil desenvolver submarinos com propulsão nuclear. Em troca, recebeu a notíciaque o processo jet nozzle não daria certo e, se por acaso enriquecesse urânio, não poderia ser usado como combustível nuclearsubmarinos. Além disso, seu uso caracterizaria uma aplicação militartecnologia, cuja restrição constava no acordo Brasil-Alemanha.

    A reciclagem pelas ultracentrífugas do hexafluoretourânio pode atingir alto enriquecimento. Mesmo o Brasil tendo aceitado inspeção da Agência InternacionalEnergia Atômica, que detecta qualquer traçourânio enriquecido acima20%, o enriquecimento necessário para alimentar o reator IEA-R1, que produz radioisótopos para medicina, não seria tolerado, à luz do contrato.

    * Este é um artigoopinião,responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil.

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