Cidadessol bet bonusfimsol bet bonuslinha
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Foto: Henrique Lima/ BFR - Legenda: O Botafogo encontrou muitas
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Com a agenda conservadorasol bet bonusum presidenciável à espreita, é temposol bet bonusreflexão mais apurada sobre o futuro das cidades.O pacote neoliberalsol bet bonusJair Bolsonaro é peça chave para o avançosol bet bonusuma receita denunciada há muito tempo pelos ativistas das lutas urbanas: a financeirização das cidades e a ausência do debate sobre o lugar dos pobres tanto na sociedade quando nos territórios, devendo estes temas serem mais uma vez elementossol bet bonusdiscussãosol bet bonusnossas bravatas cotidianas.
De fato, a estrutura demarcada pelo capital delimita duas cidades: uma com acesso aos serviços públicos e providasol bet bonusestrutura urbana, com condições plenassol bet bonushabitabilidade e outra, com altos índicessol bet bonusinadequação habitacional e urbana, impregnadasol bet bonusuma relação nociva do Estado e da sociedade com esses territórios, pautada na naturalização da pobreza, resultado dos anossol bet bonusausênciasol bet bonusatuação do poder público.
Em período recente, tivemos um esforço no período democrático-petistasol bet bonuspautar as cidades e suas desigualdades. Instituir um programa habitacional nacional preocupado com a populaçãosol bet bonusbaixa renda, com a titulaçãosol bet bonuspropriedade para as mulheres. O Minha Casa Minha Vida instituiu viasol bet bonusregra o acesso à cidade pela unidade habitacional.
Em artigo recente, intitulado "A não-cidade do Riosol bet bonusJaneiro" [2], abordo o apagamento que o Estado faz desses territórios e como é necessário a construçãosol bet bonusuma agenda para o enfrentamento dos reflexos da pobreza nas cidades. Na contramão dessa discussão, a plataformasol bet bonusBolsonaro é construída, esol bet bonussuas oitenta e uma páginas, a não citação das palavras "cidade" ou "urbano" assustam. Como um presidenciável pode passar ao largo das questões ambientais por exemplo? Como não tratar do déficit habitacional urbano dos grandes centros?
Mesmo quando margeia o tema pontuando dados (infundados) sobre a infraestrutura brasileira, o candidato não aborda concretamente proposta alguma, tampouco aquelas concernentes à resolver os problemassol bet bonustransporte, mobilidade e logística do País. Precisaríamos alocar pelo menos 5% do PIB do País ao longo desses 13 anos para alcançarmos países do BRICS por exemplo e apesar disso Bolsonaro critica o investimento dos governos petistas, que não alcançou com o PAC, nem 2% do PIB nacional. Devemos avançar e não retroceder. A agenda prioritária é asol bet bonusparalisia das cidades, onde a ingerência e não participação do Estado passam a ganhar statussol bet bonus"firmeza"sol bet bonusgestão.
No texto "Urbanismosol bet bonusFimsol bet bonusLinha", Otília Arantes traz a dimensão da culturalização das cidades, onde as cidades do capital forjam uma imagemsol bet bonuspujança urbana, onde a inserçãosol bet bonusequipamentossol bet bonuscidade-espetáculo tiram a atenção dos verdadeiros problemas urbanos a serem enfrentados: a miséria, a espoliação, a fome, as doenças urbanas da pobreza, etc.
Nessa mesma perspectiva, Bolsonaro retira a atençãosol bet bonusseus eleitores para uma cidade dita segura a partirsol bet bonusarmas individuais, a partirsol bet bonusum Exército sem prerrogativasol bet bonussegurança aos civis. O presidenciável forja falsas soluções para falsos problemas e cria uma nova categoria urbana, as fake cities [3]. Qualsol bet bonusfato seria portanto, a agenda urbana bolsonariana?
[1] Leia mais: https://oglobo.globo.com/rio/prefeitura-quer-abrir-janelas-em-700-casas-na-rocinha-21891980#ixzz4vbTWkYeI
[2] http://diasporaurbana.com.br/2017/10/a-nao-cidade-do-rio-de-janeiro/#_ftn4
[3] Bolsonaro foi indiciado pelo TSE por criaçãosol bet bonusmensagens falsas disseminadas por redes sociais. Para maiores informações ver: https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,pgr-pede-inquerito-sobre-mensagens-em-redes-sociais-relacionadas-a-bolsonaro-e-haddad,70002555170
[4] Pelos próximos 20 anos, um documento irá guiar os esforços desenvolvidos por nações, líderes urbanos, financiadores internacionais, programas das Nações Unidas e sociedade civilsol bet bonustorno das transformações urbanas. A Nova Agenda Urbana (NAU), a declaração que resultou da Habitat III, Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentávelsol bet bonusQuito, pretende repensar a maneira como as cidades e aglomerados humanos são planejados, desenhados, financiados, desenvolvidos, governados e administrados.
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