Chegab10 betmatar mulheres!
Ministério coordena resposta aos números espantosos e revoltantes da violência contra a mulher, divulgadosb10 betjulho pelo Anuário Brasileirob10 betSegurança Púbica
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Não sabemos se matar mulheres sempre foi um esporte machista no Brasil ou se o númerob10 betfeminicídios vem aumentando porque as denúncias aumentaram com a tipificação do crime e a criaçãob10 betdelegacias especializadas. Seja como for, a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, está conduzindo neste mêsb10 betagosto a Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero, a primeira resposta do governo aos números espantosos e revoltantes da violência contra a mulher, divulgadosb10 betjulho pelo Anuário Brasileirob10 betSegurança Púbica.Por ele soubemos que,b10 bet2023, 1467 mulheres foram assassinadas no Brasil, um aumentob10 bet0,8%b10 betrelação a 2022, e que a cada seis minutos uma mulher é estuprada no país. Este ano, até junho, segundo o Lesfem (Laboratóriob10 betEstudosb10 betFeminicídios), 750 assassinatos foram consumados e 843 foram tentados. Mantida a tendência do primeiro semestre, no final do ano o totalb10 bet2023 será também superado.
Na sexta-feira a ministra reuniu-se com 23 jornalistas mulheres num café da manhãb10 betque detalhou as ações que estãob10 betcurso para sensibilizar e mobilizar a sociedade contra essa repugnante culturab10 betmatar mulher. O governo, sozinho, disse ela, não dará conta da tarefa, mesmo adotando as medidas que estão a seu alcance.
- “Nós precisamos investir enquanto governo, sabemos da nossa responsabilidade, vamos continuar fazendo isso mesmo com o contingenciamentob10 betrecursos. Mas só o governo, com as políticas públicas, não dará contab10 betenfrentar a violência contra as mulheres. Ou nós mobilizamos a sociedade para criar uma nova cultura, criando uma consciência permanente, outros espaços, outras formasb10 betmobilização, ou nós não vamos conseguir – disse a ministra.
Alguns dos grandes veículosb10 betcomunicação já foram procurados mas não todos ainda. As maiores emissoras comerciaisb10 betrádio e televisão, concessionáriasb10 betum serviço público, podem e devem mesmo entrar na Articulação Nacional contra o Feminicídio, criando e veiculando peças temáticas. O ministério não tem recursos suficientes nem agênciab10 betpublicidade contratada.
Por falarb10 betdinheiro, o pequeno Ministério da Mulher, embora já tendo um dos menores orçamentos da Esplanada, sofreu proporcionalmente o maior congelamentob10 betrecursos dentro do ajuste recentemente feito pelo Governo para cumprir o Arcabouço Fiscal: 17%, o que equivale a R$ 62 milhões. O drama da ministrar é decidir onde cortar. Para não sacrificar as políticas públicas, ela tentará concentrar o corte no custeio da própria pasta.
Ela aproveita para pedir ajuda: “Faço um apelo a todos os deputados e deputadas, senadores e senadoras, para que destinem parte do valorb10 betsuas emendas à construçãob10 betmais unidades da Casa da Mulher Brasileira. O programa, criado pela ex-presidente Dilma, hoje tem apenas 18 unidadesb10 betfuncionamento no país.
Estupros, a selvageriab10 betalta - Os estupros também aumentam no país, segundo o Anuário.
O projeto prevê a instalaçãob10 betpelo menos um banco na cor vermelhab10 betespaços públicosb10 betgrande circulaçãob10 betpessoas, nos quais serão inscritos nomesb10 betvítimasb10 betfeminicídio e frases que estimulem a reflexão sobre o costumeb10 betmatar mulher, alémb10 betdestacar o Disque 180 – a central para denúncias eb10 betpedidosb10 betapoio para as vítimas.
Que venham muitos bancos vermelhos. E que todas as pessoas e entidades que repudiam o estupro e o feminicídio entrem na campanha puxada pela ministra.
