As histórias inacreditáveis sobre as criançasGaza
A violência que elas experimentam se tornou um evento diário
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Publicado por GlobetrotterEsta história não deveria ser real. Era a manhã29janeiro2004. O exército israelense já havia bombardeado partes substanciais do bairro afluenteTel al-Hawa, na CidadeGaza, incluindo —outubro2023 — todo o campus da CidadeGaza da Universidade IslâmicaGaza. Após um aviso do exército israelense, sete membrosuma família entraramum Kia Picanto para fugir para o sul. Mas o bombardeio israelense havia nivelado um arranha-céu próximo, então o carro teve que ir para o norte antespoder ir para o sul.
Não muito longe na estrada, o carro foi alvejado por veículos militares israelenses, incluindo tanques Merkava. De acordo com uma investigação notável da agênciapesquisa britânica Forensic Architecture, 355 balas foram disparadas contra o carro.
Uma das pessoas no carro, uma criançaseis anos chamada Hind Rajab, chamou os trabalhadoresemergência. "Eles estão mortos", ela disse sobre os membrossua família. "O tanque está ao meu lado. Está quase noite. Estou com medo. Venham me buscar, por favor." A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) enviou uma ambulância para resgatá-la.
25junho: Duas crianças foram mortas por tiros israelenses na rua al-Wahda, perto do Hospital Al-Shifa (CidadeGaza).
25junho: Três crianças foram mortas por ataques aéreos israelenses no camporefugiados Maghazi.
Cada uma dessas histórias é sobre crianças preciosas, a maioria das quais não atingiu nem a idade10 anos. Algumas dessas crianças viveram através do bombardeio bárbaro israelense2014, quando mais3.000 crianças foram mortas. Sentado nas casasfamílias na CidadeGaza eKhan Younis após aquela guerra, ouvi história após história sobre crianças mortas e crianças mutiladas (Maha, paralisada; Ahmed, cego — meu caderno um emaranhadoperdas e tristezas). Enquanto as bombas continuavam a cair2014, Pernille Ironside, então chefe do escritórioGaza do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), disse que 373.000 crianças precisavam"primeiros socorros psicossociais imediatos". Simplesmente não havia conselheiros suficientes para ajudar as crianças, a maioria das quais agora está endurecida por causa da feiura da ocupação e da guerra.
A violência que elas experimentam se tornou um evento diário. Mas esse tipoviolência nunca pode ser banal. "Estou com medo", disse Hind Rajab. Lembro-meencontrar um garotinho que estava jogando futebol nas ruasal-Mughraqa. Seu pai, que estava me mostrando ao redor, disse que o menino não conseguia dormir, mas ficava acordado à noite e chorava. Isso foi2014. Esse garoto deve agora estarseus vinte e poucos anos. Ele pode não estar vivo.
* Este é um artigoopinião,responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil.
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