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    Aquiles Lins

    Aquiles Lins é colunista do Brasilcbet dicas, comentarista da TVcbet dicas e diretorcbet dicasprojetos especiais do grupo.

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    A China já está no futuro e quer o Brasil junto

    Jornalista Aquiles Lins conta o que viu e sentiu sobre a China, e o que o Brasil pode ganhar com uma maior integração com o gigante asiático

    Cidadescbet dicasWuhan e Mianyang, na China (Foto: Aquiles Lins/Brasilcbet dicas)

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    A transformação espetacular que a China experimentoucbet dicasapenas 40 anos pôde ser observada nos cinco sentidos por este colunista. Juntamente com o colega jornalista Mario Vitor Santos representando o Brasilcbet dicas e a TVcbet dicas, integrei uma delegação composta por 20 jornalistascbet dicasdiversos veículos brasileiros, alémcbet dicasinfluenciadores e observadores que visitou a China entre 20 e 31cbet dicasagosto. A viagem pelas cidadescbet dicasPequim, Wuhan, Chengdu e Mianyang se deu a convite do Partido Comunista da China (PCCh), que custeou o transporte, a hospedagem e a alimentação, numa articulação com o Partido dos Trabalhadores (PT).

    Seguimos uma programação intensa, repletacbet dicasvisitas a instituições e empresas nas áreas da comunicação,cbet dicastecnologiacbet dicasponta, como fabricaçãocbet dicassemicondutores, paineis solares, telascbet dicasled para os mais diversos usos. Houve visitas a universidades e centroscbet dicaspesquisa que têm relações com o Brasil e a lugares históricos da China, como a Grande Muralha,cbet dicasPequim, a Torre da Garça Amarela,cbet dicasWuhan, e o Parque do Povo,cbet dicasChengdu. Na área da política, representantes do departamento internacional do Partido Comunista Chinês, dirigentes das províncias também nos receberamcbet dicasmaiscbet dicasuma ocasião. Em todos os casos é dito que Brasil e China têm amizade sincera e que compartilham visão comumcbet dicasmundo. De alguns deles ouvimos que para entender a China é preciso olhar o país com a humildadecbet dicasver as particularidadescbet dicassua história, do seu povo. Ou seja, se for ver a China com as lentes do Ocidente, a imagem vai sair embaçada.

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    Grande Muralha da China (Photo: Aquiles Lins/Brasilcbet dicas)


    Durante a interação com chineses comumente ouvimos que para entender a China, é preciso entender a história do Partido Comunista da China. De fato não é nenhum pouco corriqueiro na história uma organização política como esta, hoje com 97 milhõescbet dicasfiliados, materializar um crescimento econômico médiocbet dicasdois dígitos nas últimas três décadas e criar uma classe médiacbet dicas400 milhõescbet dicaspessoas, transformando a China no principal país manufatureiro e no maior exportadorcbet dicasnível mundial. O sistema político da China centralizou as decisõescbet dicastorno do objetivocbet dicasmelhorar a vidacbet dicassua população e até aqui tem conseguido. A capacidade do governocbet dicasentregar resultados tangíveis, como a erradicação da pobreza extrema, maior acesso à educação e saúde e a criaçãocbet dicasuma infraestrutura robusta, só aumentacbet dicaslegitimidade perante o povo. Porque não atende aos preceitos do Ocidente sobre como se governa um país não podemos chamar o modelo chinêscbet dicasdemocracia? Obviamente que podemos. Sobre democracia na China fizemos com Leonardo Attuch e Mario Vitor Santos este programa na TVcbet dicas. 


    A política econômica chinesa tem sido amplamente centrada na soberania popular, na qual as necessidades básicas e a prosperidade da maioria da população são vistas como prioridades centrais do governo. A ascensão econômica da China, com crescimento contínuo e melhoriascbet dicassetores como habitação, transporte e tecnologia, garante uma basecbet dicasapoio popular ao governo. Para se ter noção do tamanho do crescimento da China, apenascbet dicascimento, a China consome a cada dois anos o que os Estados Unidos consumiramcbet dicastodo o século XX, segundo a investigadora Hannah Ritchie, que refez as contascbet dicasBill Gates que viralizaram. O resultado desta imensidãocbet dicasconcreto está espalhado por toda a China com prédios incontáveis, viadutos imensos, ferroviascbet dicasalta velocidade, rodovias que rasgam o país continental. A urbanização das cidades chinesas é impressionante. A começar pela capital Pequim, que tem 21 milhõescbet dicashabitantes e é amplamente arborizada, conectada por avenidas largas, por onde circulam frenéticos motos, carros e ônibus. É possível ver centenascbet dicasplacascbet dicascarros na cor verde, identificaçãocbet dicasveículos elétricos ou híbridos. As bicicletas continuam por toda parte a despeito da rápida transformação tecnológica do transporte. Qualquer pessoa pode alugar uma na rua por um aplicativo e sair por aí. O barulho no trânsito é bem menor e a qualidade do ar é bem melhor do que costumamos imaginar no Brasil.

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    Avenida da capital chinesa, Pequim. (Photo: Aquiles Lins/Brasilcbet dicas)


    Esta explosãocbet dicascrescimento e desenvolvimento da China sustentado pela quarta década consecutiva mescla elementos do socialismo e da presença forte e decidida do estado como orientador e regulador do processo, com elementos do modo capitalistacbet dicasprodução. É o socialismo com características distintas chinesas, que foi impulsionado a partir do líder Deng Xiaoping com o início da abertura econômica da China para o mundo ocidental nos anos 1980. O PCCh planejou o que a China deveria fazer, com políticas públicas estáveis e contínuas que criaram condições para que o país chegasse a essa posiçãocbet dicaspotência global que é hoje. Admitiu a existência e a convivência com o capitalismo, porém subjuga-o a determinadas regras que interessam majoritariamente ao conjunto da população. Diferentemente do Brasil, na China é o estado que detém a última palavra sobre os rumos do país, não o mercado financeiro.  


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    Torre da Garça Amarela,cbet dicasWuhan.(Photo: Aquiles Lins/Brasilcbet dicas)


    Chengdu: pandas, pimenta e Rota da Seda 

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    Vistacbet dicasum cruzamento na cidadecbet dicasChengdu.(Photo: Aquiles Lins/Brasilcbet dicas)


    O terceiro e último trecho da viagem se deu na provínciacbet dicasSichuan, oeste da China. É a região dos ursos pandas, alémcbet dicasser a quinta maior economia entre as províncias chinesas. Na capital Chengdu, uma megalópolecbet dicas21 milhõescbet dicashabitantes, visitamos o centrocbet dicaspreservação e reproduçãocbet dicaspandas, que se apresentaramcbet dicastoda acbet dicasfofura, quando não estavam dormindo ou recolhidos,cbet dicasrazão das altas temperaturas do verão chinês. 

    Também visitamos a cidadecbet dicasMianyang, com cercacbet dicas4 milhõescbet dicashabitantes, conhecida como o Vale do Silício chinês, que concentra empresascbet dicasalta tecnologia, alémcbet dicasmanter vivacbet dicascultura milenar. Às margens do rio Yangtze. 

    Gostariacbet dicasagradecer a todos os amigos chineses que acompanharam a delegaçãocbet dicasjornalistas na viagem à China, que nos receberam com muita hospitalidade e gentileza. Especialmente aos diplomatas Augusto e Victor, Jan e Frank. Gostariacbet dicasagradecer também pela companhia e possibilidadecbet dicasinteração com os colegas jornalistas Ricardo Amaral, da assessoriacbet dicasimprensa do PT, Paulo Salvador, presidente da TVT, Renato Rovai, da Revista Fórum, Haroldo Ceravolo, do Opera Mundi, Pedro Zambarda, do DCM, Heloísa Vilela, do ICL Notícias, Kennedy Alencar, da Rede TV e UOL, Cintia Alves, do Jornal GGN, André Barrocal, da Carta Capital, Luis Fernando Sá, do site AgFeed, Agnes Franco, da Rede Brasil Atual, Tainá Farfan, apresentadora da TV Record, Bartolomeu Silva, cinegrafista da Record, Pedro Martins, repórter da CNN Brasil, Luis Marcelo e João Batista Tavares. Agradecer também aos colegas influenciadores brasileiros Felipe Durante e Lucas Brand.

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    Delegaçãocbet dicasjornalistas brasileiros é recebida no Centro das Américas,cbet dicasPequim. (Photo: Divulgação)

    * Este é um artigocbet dicasopinião,cbet dicasresponsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasilcbet dicas.

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