Teatro eleitoral na Venezuela: um relato do dia da eleiçãoCaracas
Correspondente Brian Mier relata o que viu nas eleições presidenciais venezuelanas
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uas equipesde 5 jogadores cada; um dos quais será a goleiro! São permitidas
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Por Brian Mier, para o Brasil – Cobri a temporadacampanha presidencial3 semanas da Venezuela, as eleições e suas consequências para a TeleSur English, a redenotícias pública multilateral financiada pelos governos da Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela. Sou um analista experientepolítica brasileira, mas não afirmo ser um especialista na Venezuela. O que se segue não é uma análise, mas uma descrição dos eventos que testemunhei na noite da eleição. Convido os leitores a usarem isso para ajudarsuas próprias avaliações da conjuntura política.Acompanhei a eleição presidencial da Venezuela no domingo, 28julho, das 4:45 da madrugada até as 2 da manhãsegunda-feira, com dois cinegrafistas, um produtor e um repórterlíngua espanhola. Juntos, passamos o dia fazendo reportagens ao vivodentro e foraquatro centrosvotação ao redor da cidade, finalizando nosso dia atrás no PalácioMiraflores para o anúncio dos resultados da eleição.
Passamos a tarde dentro do centrovotação André Bello,um distrito eleitoral predominantementeclasse média no centroCaracas, fazendo transmissões ao vivo às 2:30, 3:30 e 4:30, movendo-nos para a frente do prédio pouco antes do fechamento das urnas. Foi o mesmo lugar onde relatamos a abertura das urnas às 6 da manhã. Naquele momento, a fila únicafrente ao centrovotação se estendia ao redor do quarteirão. Durante toda a manhã, os centrosvotação que visitamos estavam cheios, levando outros jornalistas com quem falei a fazer previsões exageradas sobre a participação dos eleitores, alguns dizendo que esperavam mais70%. Após o almoço, no entanto, as multidões começaram a diminuir. Das 14:30 até o fechamento das portas, o André Bello, que era um dos maiores centrosvotação da cidade, tinha mais voluntários fofocando do que eleitoresseus corredores.
Às 14h30, as enormes filaseleitores na seção eleitoral André Bello tinham diminuído para um gotejar. Saímos do prédio às 5:50 para nos posicionar e cobrir o fechamento das urnas. O governo havia ordenado que todas as centrosvotação fechassem suas portas às 6, mas o centro André Bello ficou aberto por mais 10 minutos ou mais para permitir que alguns retardatários votassem –no máximo 4 ou 5 pessoas, incluindo um casalidosos que tinha dificuldades para andar.Quando finalmente fecharam as portas, uma multidãocerca40 membrosequipesTV e criadoresvídeosmídia social se reuniu, com cerca30 cidadãos que estavamfrente à entrada e aplaudiram quando as portas se fecharam, e um grupocerca5 policiais guardando as portas.
Alguns minutos depois, um grupomotocicletas da força policial nacional chegou, doiscada moto, com os passageiros segurando fuzisassalto, e a maioria dos motociclistas desocupou o local. Os 5 policiais que guardavam as portas foram substituídos por um grupo20 policiais femininascontroledistúrbios, com escudos e capacetes. De repente, as transmissões no YouTube e Twitterhomens brancos zangados gritando com a polícia pareceram menos heróicas. Foi uma manobra tática inteligente.
À medida que a multidão diminuía, mais segurança chegou. Um pequeno grupoapoiadoresMaria Corina Machado permaneceu, gritando: "Queremos os resultados! Queremos os resultados!" com cinegrafistasextrema direita se aproximando com seus smartphones para fazer parecer que estavam no meiouma grande multidão.
Mais tarde naquela noite, quando me encontrei com outros jornalistas que cobriam a eleição atrás do PalácioMiraflores, ouvi histórias semelhantesoutros centrosvotação. Uma jornalista me disse que, onde ela estava, a multidão começou a gritar: "Fechem as portas! Fechem as portas!" às 6 horas. Assim que as portas se fecharam, eles começaram a gritar: "Deixem-nos votar! Deixem-nos votar!"
Maria Corina Machado, Edmundo Gonzalez e o PUD anunciaram semanas antes da eleição que não iam respeitar o estadodireito democrático e iriam contar seus próprios resultados eleitorais. O que testemunheifrente ao centrovotação Andre Bello na noitedomingo parece ter sido uma formateatro – uma das muitas táticas usadas para produzir e disseminar vídeos para deslegitimar a eleição, que foi padronizadamuitos centrosvotaçãoCaracas.
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