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Direita argentina tenta minimizar atentado contra Cristina; Macri diz que "foi um grupolouquinhos"

"É evidente que foi algo individual por um pequeno grupoloucos e que não foi politicamente orquestrado", disse o antigo presidente

"Maurício Macri (Foto: Reuters)

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RT - O ex-presidente argentino Mauricio Macri minimizou o ataque à vice-presidente Cristina Fernández Kirchner e juntou-se assim à campanha levada a cabo por políticos e jornalistas da oposição, que insistemminimizar a gravidadeuma tentativaassassinato pela qual já foram presas quatro pessoas.

"É evidente que foi algo individual por um pequeno grupoloucos e que não foi politicamente orquestrado", disse o antigo presidente numa entrevista ao canal LN+, depoister criticado o governo por culpar a oposição por encorajar o discurso do ódio.

Macri antecipou assim o resultadoum processo judicial no qual a juíza María Elena Capuchetti e o procurador Carlos Rívolo estão investigando a redecumplicidadetorno do ataque com a intençãoencontrar os mestres e, se houver, os financiadores da operação. 

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Transição discursiva

Vários jornalistas da oposição também utilizaram as suas redes sociais para promover dúvidas sobre a tentativaassassinato com declarações fortes como "não acredito nelastodo", apesar do fatoa investigação judicial ter apenas começado há pouco.

Uma jornalista até culpou o ataque à própria vice-presidente, considerando que não tomou as precauções necessárias para proteger asegurança pessoal.

Outro alegou que a violência política na Argentina tinha começado com os governosNéstor Kirchner e Cristina Fernández (2003-2015), que o que aconteceu foi culpa deles, apesarao longo dahistória o país ter tido golpesEstado desde 1930, bombardeamentos na PlazaMayo, guerrilhas, ditaduras e dezenasmilharesmortos, desaparecidos e encarcerados por razões políticas.

No início, parte da oposição duvidou completamente do ataque e alimentou a ideiaque este nem sequer tinha existido.

De fato, durante a entrevistaque Macri se juntou a esta estratégia, comparou as pedras atiradas por vários gruposmanifestantes durante um conjuntomanifestações durante o seu governo com o ataque sofrido pela vice-presidente.

O antigo presidente disse que quando ouviu a notícia, sentiu um "choque" que se transformou"alívio" quando soube que o assassinato não tinha sido levado a cabo.

"E depois, claro, veio a grotesca reação exagerada, a emissora nacional, o presidente a chamar um feriado, dizendo: 'não nos importamos com a vida das pessoas, é difícil para elas conseguirem pagar as contas, estamos tirando um diafolga';volta para as criançascasa... Eu disse: 'a mesma coisa outra vez'. E ainda por cima, para nos sobrecarregar com ressentimentos, com mais ódio, culpando-nos", apontou ele.

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