Bolívia terá que negociar preços com o Brasil para o gás que deixarácrazy roletaexportar para a Argentina
A Argentina comprava gás boliviano principalmente para abastecer o nortecrazy roletaseu território, mas agora planeja suprir a demanda com a construção do gasoduto a partircrazy roletaVaca Muerta
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Santa Cruz (Bolívia), 21crazy roletajulho (Sputnik) - A Bolívia terá que negociar preços com o Brasil para colocar o gás que deixarácrazy roletaexportar para a Argentinacrazy roleta2024, quando este último país se tornar autossuficiente com a exploraçãocrazy roletaseu campocrazy roletaVaca Muerta, e também terá que buscar outros mercados latino-americanos,crazy roletaacordo com especialistas e funcionários consultados pela Agência Sputnik.Perder um mercado como o argentino, que representa 1,33 bilhãocrazy roletadólares anuais, terá impacto no orçamento fiscal boliviano, já que os benefícios das exportaçõescrazy roletagás são distribuídos para municípios, universidades, governos regionais e também fornecidos como benefícios sociais.
"Argentina deixarácrazy roletaimportar gás boliviano e isso terá repercussões nas receitas fiscais, tanto para o governo nacional quanto para os governos subnacionais. Em 2022, cercacrazy roleta604 milhõescrazy roletadólares foram distribuídos. Isso significará menos recursos para transferências governamentais, investimento público e para que as universidades, municípios e governos regionais possam manter a sustentabilidadecrazy roletaprojetos ou políticas sociais", explicou o presidente do Colégiocrazy roletaEconomistas da cidadecrazy roletaTarija (sul), Fernando Romero, à Agência Sputnik.
A Argentina é o segundo mercado mais importante para a Bolívia, depois do Brasil, representando 43% das exportaçõescrazy roletagás desde 2014, mascrazy roleta2023 essa participação caiu para 30%.
"Eu não descarto que talvez uma boa opção seja alugar os dutos. Afinal, não vamos impedir que a Argentina, mais cedo ou mais tarde, exporte gás para o Brasil, pois eles podem construir seus próprios dutos, mas isso levará tempo e dinheiro. Então, eu acredito que não é uma má ideia alugar os dutos para obter alguma receita e recursos fiscais. Outra opção que também não deve ser descartada é atuarmos como intermediários", sugeriu.
É certo que a Bolívia não pode perder tempo e precisa buscar soluções, pois precisacrazy roletarecursos econômicos para suas despesas públicas.
Outro fator importante mencionado por Romero é que a redução das reservascrazy roletagás da Bolívia reduz a competitividade nas exportações, pois não se pode cumprir os volumes acordados, principalmente no inverno, como é o caso da Argentina, como especificado nos contratos.
"Apesarcrazy roletalevarmos esse excedentecrazy roletagás natural da Argentina para o Brasil, o problema é que estamoscrazy roletadeclínio e isso também nos torna menos competitivos. E buscar outros mercados será difícil, pois para isso teríamos que construir gasodutoscrazy roletadireção ao Peru ou ao Chile, que também têm certa demanda. E também não será barato, não serácrazy roletafácil acesso", alertou.
QUEDA NA PRODUÇÃO - Um agravante que se soma à perda do mercado argentino é a queda nas reservascrazy roletagás da Bolívia, afirmou o ex-ministrocrazy roletaHidrocarbonetos e fundador da consultoria Gas Energy Latin America (GELA), Álvaro Ríos,crazy roletacontato com a Agência Sputnik.
"O que preocupa é que,crazy roleta2014, a Bolívia exportava 48 milhõescrazy roletametros cúbicos por dia (MMm3d) e hoje exporta 22 MMm3d, ou seja, a capacidadecrazy roletaexportação caiu pela metadecrazy roletauma década", indicou.
A principal causa da queda nas reservascrazy roletagás da Bolívia,crazy roletaacordo com o especialista Ríos, é que a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) não realizou projetoscrazy roletaexploração suficientes, nem buscou maior investimento estrangeiro.
Como uma possível solução para essa situação, ele sugere modificar o marco regulatório no país e atrair investimentos estrangeiros para intensificar a exploraçãocrazy roletapetróleo.
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