Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - A vacina contra o tétano poderia reduzir o riscocasadeapostas com luma pessoa desenvolver Parkinson, sugere um <a href="https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.03.24306800v2.full">novo estudo</a> israelense. Segundo os autores, os resultados apontam para um envolvimento da bactéria causadora da infecção no surgimento da doença degenerativa. Conforme mostrou um algoritmo criado pelos pesquisadores, quanto mais recente a dose, maior o efeito protetivo. A vacinação também pareceu retardar a progressão da doença.Os pesquisadores especulam que a toxina da bactéria Clostridium tetani, causadora do tétano, poderia estar presente no trato gastrointestinal e migrar para o sistema respiratório, incluindo seios paranasais, o que levaria a danos nos nervos. Mas os próprios autores reconhecem que a simples presença do patógeno não seria suficiente para promover o Parkinson.
Os dados sãocasadeapostas com luma pesquisa observacional conduzida por cientistas da Universidadecasadeapostas com lTel Aviv e da Leumit Health Services, organização que mantém registros eletrônicos médicos completos das últimas duas décadas. Eles acompanharam 1.446 pacientes adultos que receberam diagnósticocasadeapostas com lParkinson entre 45 e 75 anoscasadeapostas com lidade e os compararam a um grupo controle formado por maiscasadeapostas com l7 mil pessoas. Entre os diagnosticados, 1,9% tinham tomado a vacina no período avaliado, contra 3,1% dos demais.
A doençacasadeapostas com lParkinson é multifatorial e não há uma única causa. Sabe-se que ela está relacionada a diversos fatores, inclusive ambientais, como contato com solventes, metais pesados e toxinas, alémcasadeapostas com lproblemas hormonais e do próprio envelhecimento. Em alguns casos, a condição se deve a mutações genéticas. “Daí a dificuldadecasadeapostas com ldesenvolver um remédio capazcasadeapostas com lcurá-la”, explica o neurologista André Felício, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Neuroinflamação e toxinas são mecanismos conhecidos que deflagram doenças neurodegenerativas, entre elas, o Parkinson. Seja no bulbo olfatório ou no intestino, esse processo começa na periferia até chegar ao cérebro”, explica Felício.&nbsp;
Mas, segundo o médico, é preciso muita cautela com os resultados desse estudo, que ainda não foi revisado por pares. “A pesquisa aponta na direçãocasadeapostas com linfecções e toxinas que ingerimos ou inalamos ao longo da vida e que poderiam, por exemplo, mudar a flora bacteriana ou a flora no pavilhão olfatório. A partir daí, inicia-se o processocasadeapostas com lneurodegeneração”, diz o especialista. “No entanto, essa relação é ainda timidamente explorada na literatura científica e o veículocasadeapostas com lpublicação é bem frágil. O ideal seria que fosse publicado numa revista melhor”, ressalta o especialista.&nbsp;
O Parkinson é uma doença crônica neurodegenerativa causada pela queda na produçãocasadeapostas com ldopamina, um neurotransmissor envolvido no controle motor. Além dos sintomas clássicos, como tremores, lentidão e rigidez nas articulações, pode haver ansiedade, depressão, demência, entre outros. Não há cura, mas dá para controlar os sintomas com remédios. Alguns pacientes podem se beneficiar da estimulação cerebral profunda, que usa uma espéciecasadeapostas com lmarca-passo implantado cirurgicamente e produz um estímulo elétrico capazcasadeapostas com lmodular as estruturas nervosas envolvidas nos sintomas.&nbsp;
Já o tétano é uma infecção causada pela toxina da bactéria Clostridium tetani, que está presentecasadeapostas com lambientes como solo, poeira, fezescasadeapostas com lanimais e vegetação. O risco, portanto, não está sócasadeapostas com lpregos enferrujados. O agente infeccioso entra no organismo por meiocasadeapostas com lferimentos ou lesões e causa rigidez muscular, podendo levar à insuficiência respiratória e à morte.
No Brasil, a vacina contra o tétano é administrada juntamente com ascasadeapostas com lcoqueluche e difteria e faz parte do Calendário Nacionalcasadeapostas com lVacinação. Ela é oferecida para bebêscasadeapostas com ltrês doses (aos 2, 4 e 6 mesescasadeapostas com lvida), com reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Adultos devem tomar reforços a cada dez anos, ou a cada cincocasadeapostas com lcasocasadeapostas com lferimentos graves.&nbsp;

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Estudo associa vacinacasadeapostas com ltétano a menor riscocasadeapostas com lParkinson

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