Alimentos pró-inflamatórios aumentam riscodoenças periodontais, conclui estudo
Pesquisadores avaliaram 100 pacientes e descobriram que a predisposição à doença gengival é maior entre homens que se alimentam mal
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Se não for tratada adequadamente, essa condição pode progredir para um quadro severo, a periodontite, e até mesmo a perda dos dentes. A pesquisa demonstra ainda que o risco é maior para homens que mantêm um alto consumo desses produtos.
De acordo com o periodontista Renato Corrêa Viana Casarin, professor da FaculdadeOdontologia da Unicamp e orientador do trabalho, um dos fatores que podem modular a resposta imunológica do organismo é a dieta. Foi por isso que surgiu a ideiaavaliar se elementos da alimentação poderiam ser protetores ou prejudiciais à saúde bucal.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores avaliaram aspectos como quantidadeplaca bacteriana presente na boca, sangramento gengival, fluidos e marcadores inflamatórios100 pacientes e determinaram o perfil inflamatório da dietacada um deles. Todos eram atendidos no ambulatório da FaculdadeOdontologia da Unicamp,Piracicaba, no interiorSão Paulo.
Após estabelecer o índice inflamatório da dietacada paciente, os pesquisadores cruzaram os dados com a saúde gengival. Foi aí que observaram que aqueles indivíduos que tinham uma dieta pró-inflamatória –especial os homens – foram mais associados aos casossangramento da gengiva. E essa relação existia independentemente da quantidadebiofilme (placa bacteriana) na boca dos pacientes.
“Dentro da análise estatística levamosconsideração a quantidadebiofilme, porque esse poderia ser um viés importante. Mas os resultados mostraram que a dieta isoladamente teve efeito significativo na inflamação, independentemente da quantidadeplaca. Nos homens essa associação foi ainda mais forte, com risco aumentado27 vezester gengivite”, relata Casarin. Na população toda do estudo, a dieta sozinha aumentava3,94 vezes o riscodesenvolver o problema.
Essa não é a primeira vez que uma pesquisa associa o sexo masculino aos problemas gengivais. Outro estudo brasileiro, realizadoparceria com pesquisadores dos Estados Unidos e da Alemanha, avaliou a influência do gênero no tratamento periodontalmaismil pacientes e concluiu que os homens apresentam maior severidade nas doenças gengivais e pior resposta aos tratamentos. “O risco aumentadogengivitehomens é um ponto bastante relevante no estudo da Unicamp. No nosso trabalho, analisamos dadoshomens e mulheres com periodontite que haviam recebido tratamento e vimos que as mulheres apresentaram uma resposta um pouco melhor do que eles após um ano”, conta a cirurgiã-dentista Nidia Castro dos Santos, professora do cursoOdontologia da Faculdade IsraelitaCiências da Saúde Albert Einstein e uma das líderes do estudo, publicadomaio no Journal of Periodontal Research. “Entretanto, o papel do gênero nas doenças gengivais ainda precisa ser totalmente desvendado, e o estudo da Unicamp contribui para a compreensão desse tópico.”
Mais bactérias
Mas, se esse processo não for tratado adequadamente, ele progride e se aprofunda para os tecidos gengivais. É a partir desse momento que começa a destruição dos ossos que dão suporte aos dentes, caracterizando a periodontite. “A evolução da gengivite não tratada é a periodontite, que é uma doença inflamatória crônica, que causa mau hálito, amolecimento dos dentes e perda dentária. É uma condição importante e que está diretamente relacionada aos hábitos do indivíduo”, explica Casarin.
Para evitar a periodontite, é fundamental controlar bem a higiene bucal, realizando os cuidados diáriosforma correta e visitando o dentista regularmente. Também é importante manter um estilovida saudável, não fumar e cuidar do diabetes, pois se a doença não for tratada, ela aumenta o riscoperiodontite.
Para a professora Nidia Castro, do Einstein, os resultados desse trabalho reforçam o conceitoque saúde bucal e saúde geral não se separam. “A inflamação decorrente da dieta pró-inflamatória afeta o corpo todo: coração, fígado, intestino, vasos e gengiva. Assim, é muito importante que o dentista seja capazatuarequipes multidisciplinares, conversando com médicos e nutricionistas, para elaborar estratégiastratamento que promovam saúde e qualidadevida para o paciente”, completa.