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    'Não há como investirplay sport beteducação, saúde ou clima se parte expressiva do orçamento é consumido pela dívida', diz Lula

    "O que vemos hoje é uma absurda exportação líquidaplay sport betrecursos dos países mais pobres para os países mais ricos", criticou o presidente

    Patrice Talon e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - O presidente Lula (PT) fez um pronunciamento à imprensa nesta quinta-feira durante visita do presidente do Benin, Patrice Talon, a Brasília. Lula falou, entre outros pontos, sobre a concentraçãoplay sport betriqueza no mundo e sobre o pagamento da dívida dos países, que drena os recursos que poderiam ser destinados a investimentos que dariam maior retorno à população. "Não há como investirplay sport beteducação, saúde ou adaptação à mudança do clima se parte expressiva do orçamento é consumido pelo serviço da dívida. O que vemos hoje é uma absurda exportação líquidaplay sport betrecursos dos países mais pobres para os países mais ricos".

    "O grupoplay sport bettrabalho sobre arquitetura financeira do G20 promoverá,play sport betjunho, um debate com especialistas africanos, cujos resultados levaremos para a reuniãoplay sport betministros das Finanças do G20. Se os 3 mil bilionários do planeta pagassem 2%play sport betimpostos sobre o rendimento das suas fortunas, poderíamos gerar recursos suficientes para alimentar as 340 milhõesplay sport betpessoas que, segundo a FAO, enfrentam insegurança alimentar severa na África. Muitos paísesplay sport betdesenvolvimento já formularam políticas eficazes para erradicar a fome e a pobreza. Nosso objetivo, no G20, é mobilizar recursos para ampliá-las e adaptá-las a outras realidades. Por isso, convidamos os países africanos a se somarem à nossa Aliança Globalplay sport betCombate à Fome e à Pobreza, que estará aberta a adesões a partirplay sport betjulho", acrescentou. 

    Leia na íntegra: 

    O Brasil e a África estão unidos na dor pelas mortes e destruição causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul e no Burundi, no Quênia e na Tanzânia.

    Sobrevivendo às condições desumanas impostas pela escravidão, alguns conseguiram voltar, levando consigo um pouco do Brasil.

    O Benim abriga uma das maiores comunidadesplay sport bet“retornados” do continente, repletaplay sport betSouzas, Silvas, Santos e Carvalhos.

    Aqueles que aqui permaneceram fincaram raízesplay sport betnossa identidade, transformando o Brasil no terceiro país com maior população negra no mundo.

    Cultivamos nossa história comum na Casa do Benimplay sport betSalvador e vamos fazer o mesmo por meio da Casa do Brasilplay sport betUidá, criando ali um polo cultural vibrante.

    São os interessados no turismoplay sport betmemória, que será facilitado pelo memorandoplay sport betturismo e pelo adendo ao acordo sobre serviços aéreos que assinamos hoje.

    São também os empresários, com quem contamos para ampliar e diversificar nossa pauta comercial eplay sport betinvestimentos.

    E são, enfim, os técnicos que têm a missãoplay sport betmanter e expandir o legadoplay sport betum dos mais exitosos programasplay sport betcooperação brasileiros, que vem beneficiando o setor algodoeiro do Benim eplay sport betmais 17 países africanos.

    Tenho certezaplay sport betque esse intercâmbio crescerá com a reabertura da embaixada do Benimplay sport betBrasília e com a criaçãoplay sport betum núcleo brasileiroplay sport betcooperação para todo o continenteplay sport betAdis Abeba, onde estarão presentes agências como a ABC, a EMBRAPA e a Fiocruz.

    No momentoplay sport betque as atenções se concentram na Ucrânia eplay sport betGaza, não podemos deixar que o mundo se esqueça do Haiti, nemplay sport betoutras tragédias humanitárias como a do Sudão.

    Senhoras e senhores,

    O talentoso historiador brasileiro José Flávio Sombra Saraiva – que nos deixou há poucos dias – disse que o Brasil havia se convertido no “porta-voz da África no sistema internacional”.

    Não temos a pretensãoplay sport betfalar por ninguém. Mas somos parceiros naturais da África e também enxergamos o mundo por lentes africanas.

    Isso nos leva a incorporar a perspectiva do continente à nossa atuação global, como estamos fazendo na presidência no G20.

    Juntamente com a União Africana, que participa pela primeira vez como membro pleno do grupo, temos alertado sobre o problema do endividamento.

    O que vemos hoje é uma absurda exportação líquidaplay sport betrecursos dos países mais pobres para os países mais ricos.

    Não há como investirplay sport beteducação, saúde ou adaptação à mudança do clima se parte expressiva do orçamento é consumido pelo serviço da dívida.

    O grupoplay sport bettrabalho sobre arquitetura financeira do G20 promoverá,play sport betjunho, um debate com especialistas africanos, cujos resultados levaremos para a reuniãoplay sport betministros das Finanças do G20.

    Se os 3 mil bilionários do planeta pagassem 2%play sport betimpostos sobre o rendimento das suas fortunas, poderíamos gerar recursos suficientes para alimentar as 340 milhõesplay sport betpessoas que, segundo a FAO, enfrentam insegurança alimentar severa na África.

    Muitos paísesplay sport betdesenvolvimento já formularam políticas eficazes para erradicar a fome e a pobreza.

    Nosso objetivo, no G20, é mobilizar recursos para ampliá-las e adaptá-las a outras realidades.

    Por isso, convidamos os países africanos a se somarem à nossa Aliança Globalplay sport betCombate à Fome e à Pobreza, que estará aberta a adesões a partirplay sport betjulho.

    Estamos determinados a apoiar a África a desenvolver seu imenso potencial agrícola.

    Aderimos, recentemente, ao Compacto Lusófono do Banco Africanoplay sport betDesenvolvimento, que visa a apoiar empreendedores africanos e elevarplay sport betcapacidade produtiva.

    Apesarplay sport betnão sermos historicamente responsáveis pela mudança do clima, precisamos lutar juntos pela ampliação das metasplay sport betfinanciamento na COPplay sport betBaku e pela adoçãoplay sport betNDCs mais ambiciosas na COPplay sport betBelémplay sport bet2025.

    Em agosto passado, os demais países amazônicos, ao lado da República Democrática do Congo e da República do Congo, lançaram a declaração “Unidos por nossas Florestas”.

    O Brasil está trabalhando no desenhoplay sport betum mecanismo – o Fundo Florestas Tropicais para Sempre – para remunerar paísesplay sport betdesenvolvimento que mantêm suas florestasplay sport betpé.

    Reiteramos nosso convite para que mais países africanos se unam à declaração e considerem aderir ao fundo.

    Assim como no caso das florestas, temos que abordar a questão da transição energética a partir dos nossos interesses.

    Sem agregar valor aos recursos naturais, estaremos fadados a reeditar a relaçãoplay sport betdependência entre o Norte e o Sul.

    A ordem internacional requer instituições capazesplay sport betresponder aos desafios da atualidade.

    Em setembro, faremosplay sport betNova York uma reuniãoplay sport betministros das Relações Exteriores do G20, aberta a todos os membros da ONU, para lançar um “chamado à ação” pela reforma da governança global.

    Não faz sentido que a América Latina e a África não tenham representação permanenteplay sport betórgãos importantes como o Conselhoplay sport betSegurança.

    Não podemos permitir que esse tipoplay sport betanomalia também se torne a regra no tratamento da Inteligência Artificial.

    É necessário um modeloplay sport betgovernança capazplay sport betconter os riscos dessa tecnologia e facilitar o acesso do Sul Global a esses benefícios.

    Amigos e amigas,

    Em fevereiro, tive a honraplay sport betdiscursar na Cúpula da União Africana.

    Levei a mensagemplay sport betque o Brasil voltou a caminhar ao lado da África.

    Minha missãoplay sport betvida sempre foi e é combater as desigualdades.

    A América Latina e a África têmplay sport betenfrentar as injustiças que, dentro e fora dos nossos países, continuam reproduzindo lógicas excludentes.

    Afinal, como disse o nigeriano Chinua Achebe], se não gostamosplay sport betuma história, podemos escrever a nossa própria história.

    Por isso convido todos vocês a fazer um brinde a nosso ilustre convidado e desejo um feliz dia da África a todos e todas.

    Muito obrigado.

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