Por Valerie Volcovici e Gloria Dickie
BAKU (Reuters) - A cúpula do clima COP29 ultrapassou o prazo originalmente estabelecido, nesta sexta-feira, depois que um acordo preliminar propondo que as nações desenvolvidas assumissem a liderança para fornecer 250 bilhõesdólares por anofinanciamento climático até 2035 gerou críticastodos os lados.
Mostrando algum progresso no final da sexta-feira, a presidência da COP29 divulgou o que espera ser um acordo final para resolver as regrastorno dos mercadoscarbono.
No entanto, os governos mundiais ainda trabalhavam até tarde da noite na cúpula climática da ONU para elaborar um amplo planofinanciamento para enfrentar as mudanças climáticas.
As negociaçõesduas semanas, realizadas na capital do Azerbaijão, Baku, foram marcadas por divisões entre os países ricos, que lutam contra custos altos, e os paísesdesenvolvimento, que pressionam por mais recursos.
Muitos esperavam, até o final da sexta-feira, que a proposta250 bilhõesdólares pudesse ainda ser maior.
"Estou muito irritado. É ridículo, simplesmente ridículo", disse o enviado climático do Panamá, Juan Carlos Monterrey Gomez, criticando a meta proposta como muito baixa.
"Parece que o mundo desenvolvido quer que o planeta queime", afirmou.
Do outro lado, um negociador europeu disse à Reuters que a mesma proposta era desconfortavelmente alta e não fazia o suficiente para aumentar o númeropaíses que devem contribuir para o financiamento.
"Ninguém está confortável com o número, porque ele é alto e não há quase nada sobre o aumento da basecontribuintes", disse o negociador.
Analistas afirmam que, para a União Europeia e outros contribuintes, a meta250 bilhõesdólares exigiria apenas um aumento modestorelação ao que já gastam com financiamento climático.
A meta final incluiria 120 bilhõesdólares prometidos por bancos multilateraisdesenvolvimento, além65 bilhõesdólaresinvestimentos privados que os bancos projetaram atrair.
"Sem muito esforço, os países desenvolvidos devem ser capazesatingir esse valor até 2030", disse David Waskow, diretor da iniciativa climática internacional World Resources Institute.
Além da UE, os países contribuintes incluiriam Austrália, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Noruega, Canadá, Nova Zelândia e Suíça.
O texto inicial convidava os paísesdesenvolvimento a contribuírem voluntariamente e enfatizava que isso não afetaria seu status como nações "em desenvolvimento" na ONU, algo que é fundamental para países como China e Brasil.
"Isso ainda não significa um acordo, mas pelo menos não estamos sem nenhuma perspectiva", disse a enviada especial do clima da Alemanha, Jennifer Morgan.
Na noite desta sexta-feira, a presidência da COP29 publicou um acordo esperado para os mercadoscarbono, que poderia ser aprovado no sábado, junto com um acordo final da COP29 sobre financiamento climático.
As negociaçõesBaku foram atrapalhadas por conta das incertezas trazidas pelo futuro papel dos Estados Unidos após a vitóriaDonald Trump na eleição presidencial5novembro. Trump, que assume o cargojaneiro, prometeu retirar os EUA, o maior emissor históricogasesefeito estufa do mundo, dos esforços climáticos globais.
A presidência da COP29 no Azerbaijão expressou esperançaque os negociadores encontrassem logo um acordo sobre a metafinanciamento climático.
"O texto inicial não corresponde à nossa meta justa e ambiciosa, mas continuaremos a dialogar com as partes", disse o principal negociador do Azerbaijão, Yalchin Rafiyev.
O acordo preliminar também estabelece uma meta mais amplaarrecadar 1,3 trilhãodólares anualmente para financiamento climático até 2035, por meiofinanciamento público e do investimento privado que ele pode ajudar a desbloquear.
Economistas estimam que os paísesdesenvolvimento precisarãoacesso a pelo menos 1 trilhãodólares por ano até o final da década. Mas preencher a lacuna entre as promessas governamentais e as privadas pode ser complicado, alertaram negociadores.
"Essa meta precisará ser apoiada por ações bilaterais ambiciosas, contribuições dos bancos multilateraisdesenvolvimento e esforços para mobilizar melhor o financiamento privado, entre outros fatores críticos", disse um alto funcionário dos EUA.
O compromisso atualfinanciamento climático100 bilhõesdólares por ano termina2025. Sem uma nova meta coletiva acordada no processo da ONU, alguns dos países mais pobres e mais vulneráveis aos impactos climáticos teriam poucas garantias do dinheiro necessário. Isso significa que tais países têm um incentivo para negociar arduamente, mas até os mais insatisfeitos têm motivos para não abandonar ou bloquear um acordo.
"Estamos muito longe1,3 trilhãodólares", disse M. Riaz Hamidullah, um funcionário do Ministério das Relações ExterioresBangladesh, que descreveu as negociações finais como um "jogo entre maximalistas e minimalistas".
Muitas COPs anteriores frequentemente foram além do prazo estimado.
O confronto sobre o financiamento para paísesdesenvolvimento ocorreum ano que, segundo cientistas, está destinado a ser o mais quente já registrado. Os problemas climáticos estão se acumulando devido ao calor extremo, aumentando os apelos por mais financiamento para enfrentá-los.
Inundações mataram milhares na África este ano, enquanto deslizamentosterra mortais soterraram vilarejos na Ásia. A seca na América do Sul dizimou rios e afetou meiossubsistência.
Os países desenvolvidos não foram poupados. Chuvas torrenciais no mês passadoValência, na Espanha, desencadearam inundações que mataram mais200 pessoas, e os Estados Unidos já registraram 24 desastresbilhõesdólares -- apenas quatro a menos que no ano passado.

Sede da cúpula do clima COP29Baku, Azerbaijão
22/11/2024

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Meio Ambiente

Cúpula do clima COP29 enfrenta impasseUS$ 250 bilhões e tem prazo estourado

Agência BNDES - O Banco NacionalDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou, durante a realização do G20 e a visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, acordos internacionais que representaram a captação externaR$ 25,3 bilhões para financiar investimentos no Brasil. E recebeu mais R$ 347 milhõesdoações da Noruega e o compromissooutros R$ 289 milhões dos EUA para o Fundo Amazônia.
Desse montante, cercaR$ 8 bilhões sãooperações para disponibilização imediata dos recursos e o restante para a estruturaçãofuturas operaçõesempréstimo e investimento.
“O BNDES tem intensificadoatuação internacional buscando maior aproximação com diversas entidades estrangeiras, organismos multilaterais, agências oficiaiscrédito e instituições financeiras privadas, com o objetivofomentar o desenvolvimento, promover a trocaexperiências, melhorar práticas e identificar projetosinteresse comum, atraindo capital para investimentoprojetos no Brasil. Este esforço apresentou resultados expressivos durante as conferências do G20 e na visita ao presidente Xi Jinping, quando formalizamos nova parceria com a China”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Durante a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, o BNDES assinou contrato com o China Development Bank (CDB) para a primeira operaçãoempréstimomoeda chinesa, no valorRMB 5 bilhões (cercaR$ 4 bilhões). O contrato, assinado com o maior bancodesenvolvimento do mundo, tem prazoaté três anos.
A linhacrédito será destinada a apoiar investimentos do BNDES nos diversos setores da economia brasileira e representa a ampliação da cooperaçãomoeda local entre os países, tema amplamente discutido no âmbito dos BRICS, alémpossibilitar a promoção do comércio bilateral entre China e Brasil, entre outras frentes.
Acordos com instituições multilaterais
O BNDES e os organismos multilaterais têm longo históricorelacionamento, representando importante parceria para a complementação do funding do Banco. Nesse sentido, além do contrato assinado com a instituição chinesa, o BNDES também firmou acordos importantes com as instituições abaixo, durante a realização da CúpulaLíderes do G20, na Marina da Glória, no RioJaneiro (RJ):
Memorando com AIIB – O BNDES e o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) assinaram, no dia 18novembro, memorandoentendimento para a disponibilizaçãoR$ 17,33 bilhões (US$ 3 bilhões no câmbio do dia 19novembro) do AIIB ao BNDES para investimentos no Brasil. O objetivo do memorando é complementar o financiamentoprojetos alinhados ao Fundo Clima e ao Novo PAC. No caso do Novo PAC, os projetos devem promover a integração econômica entre o Brasil e Ásia nos setoresinfraestruturatransporte, conectividade energética e digital, água e saneamento.
As duas instituições ainda colaborarão nos esforços para financiar projetosreconstrução do estado do Rio Grande do Sul e apoiar os projetosdesenvolvimento urbano e infraestrutura social para a realização da COP-30,Belém. A cooperação também tem o objetivomobilizar capital privado para projetosinfraestrutura.
Contrato com CAF – O CAF, bancodesenvolvimento da América Latina e Caribe, e o BNDES assinaram, no dia 19novembro, o primeiro contrato entre as duas instituições para aberturalinhacrédito da CAF ao Banco no valorR$ 2,88 bilhões (US$ 500 milhões no câmbio do dia 19). Os recursos da CAF serão destinados a investimentos que promovam a transição para uma economia mais verde e sustentável, além da inclusão financeira das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).
Também possibilitarão a realizaçãooperações associadas a powershoring (que é a descentralização da produção para países próximos a centrosconsumo e que oferecem energia limpa, segura, barata e abundante), descarbonização industrial e energética, projetos verdes, saneamento, reativação econômica e inclusão financeira, entre outros.
Contrato com AFD – Com a Agência FrancesaDesenvolvimento (AFD), o Banco assinou, também no dia 19novembro, contrato para captação no valorR$ 1,22 bilhão (€ 200 milhões). Os recursos da AFD serão destinados a investimentosprojetossaneamento, desenvolvimento urbano e energias renováveis na Amazônia Legal e no Nordeste.
Memorando com NDB – Durante o G20, o BNDES e o New Development Bank (NDB), o banco dos Brics, assinaram memorandoentendimento para ampliar a cooperação e usonovas possibilidadesinstrumentos financeiros, incluindo linhascrédito para infraestrutura e desenvolvimento sustentável no Brasil. Entre eles, projetos para mitigação e adaptação climática, energias renováveis e eficiência energética, infraestruturatransportes, água e saneamento, proteção ambiental, infraestrutura social e infraestrutura digital.
Presidido pela ex-presidenta da República Dilma Roussef, o NDB realizou a primeira operação com o BNDES2017. Desde então, a instituição já aprovou um valor totalaproximadamente US$ 7,69 bilhõesmais30 projetos para o Brasil, compreendendo três financiamentos tendo o BNDES como mutuário.
 Mais recursos para o Fundo Amazônia - O Fundo Amazônia, cujos recursos são geridos pelo BNDES, sob a supervisão do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), recebeu, no último domingo, dia 17, anúncionova doaçãoR$ 348 milhões da Noruega. Os recursos foram anunciados pelo primeiro-ministro, Jonas Gahr Støre, durante a Conferência Global Citizen Now: RioJaneiro. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou, durante visita ao Brasil, a doaçãomais R$ 289 milhões ao Fundo. Os anúncios representam o reconhecimento dos esforços do Brasil pela redução do desmatamento, que chegou31% no ano2023.

BNDES anuncia captaçãoR$ 26 bilhões com acordos internacionais e doações ao Fundo Amazônia

247 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou neste domingo (17) que os investimentos dos Estados Unidosprojetos verdes no Brasil devem continuar, apesar da vitóriaDonald Trump nas eleições presidenciais.&nbsp;
“A governança climática, não vamos nos esquecer, caminhou durante décadas sem a participação dos Estados Unidos. E agora a realidade é bem diferentequando o presidente Trump ganhou da primeira vez, há investimento climático robusto dos EUA”, disse Marina durante o o evento “Global Citizen Now: Rio”, no RioJaneiro-RJ.&nbsp;
Segundo a ministra, dificilmente o setor privado “vai abrir mão dessa agenda, independentementeser republicano ou democrata”.&nbsp;
“Outra coisa importante é que nos Estados Unidos os estados têm independência. E eu conversei recentemente com o governadorWashington, que disse que a agenda climática vai ser intensificada”, acrescentou. (Com informações do <a href="https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/11/17/marina-minimiza-impacto-de-trump-na-agenda-climatica-cita-investimento-robusto-dos-eua-e-independencia-de-estados-americanos.ghtml">Valor Econômico</a>).&nbsp;

Marina Silva diz que investimentos verdes dos EUA no Brasil seguirão mesmo com Trump na Casa Branca

Reuters - As tensões diplomáticas sobre o aquecimento global terão um papel central na cúpula do G20 no Brasil esta semana, já que as negociações da ONU no Azerbaijão chegaram a um impasse sobre financiamento climático que os negociadores esperam que os líderes das 20 maiores economias do mundo consigam resolver.
Os chefesEstado que chegam ao RioJaneiro neste domingo para a cúpula do G20 passarão os próximos dois dias discutindo questões como pobreza, fome e a reforma das instituições globais. No entanto, as negociações climáticas da ONU, que estãoandamento, têm colocadoevidência os esforços dessas economias no combate ao aquecimento global.
Enquanto a cúpula da COP29Baku, no Azerbaijão, tem a tarefachegar a uma meta para mobilizar centenasbilhõesdólares para o clima, líderes das 20 maiores economias, a meio mundodistância, no Rio, estão com o talãocheque.
Os países do G20 representam 85% da economia mundial e são os maiores contribuidoresbancos multilateraisdesenvolvimento, que ajudam a direcionar o financiamento climático. Eles também são responsáveis por maistrês quartos das emissões mundiaisgases do efeito estufa.
"Todos os países precisam fazerparte. Mas o G20 precisa liderar", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, à COP29 na semana passada. "Eles são os maiores emissores, com as maiores capacidades e responsabilidades."
Chegar a um acordo como esse pode se tornar mais difícil com o retorno ao poder do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que estaria se preparando para retirar novamente os Estados Unidos do AcordoParis.
O chefe do clima da ONU, Simon Stiell, escreveu uma carta aos líderes do G20 no último sábado implorando para que eles tomem medidas sobre o financiamento climático, incluindo aumentar subsídios para paísesdesenvolvimento e avançar reformasbancos multilateraisdesenvolvimento.
No entanto, as mesmas brigas que têm atormentado a COP29 desde o seu começo, na semana passada, estão respingando nas negociações do G20, segundo diplomatas próximos às negociações no Rio.
A COP29 precisa estabelecer um novo objetivo para o volumefinanciamento que deve ser direcionado por países desenvolvidos, bancos multilaterais e o setor privado para os paísesdesenvolvimento. Economistas disseram à cúpula que esse valor deveria serpelo menos 1 trilhãodólares.
Os países ricos, especialmente na Europa, têm dito que uma meta ambiciosa só pode ser acordada se a basecontribuidores for expandida para incluir algumas naçõesdesenvolvimento mais ricas, como a China e os grandes produtorespetróleo do Oriente Médio.
No sábado, as discussõesuma declaração conjunta do G20 no Rio esbarraram na mesma questão, com países europeus pressionando para que mais nações contribuam e paísesdesenvolvimento, como o Brasil, resistindo, disseram à Reuters diplomatas próximos às negociações.
O sucesso não apenas da COP29, mas também da próxima cúpula climática da ONU, a COP30, que será sediada no Brasil no próximo ano, dependeum avanço nas discussões sobre financiamento climático.
Um ponto central da estratégia do Brasil para a COP30 é a "Missão 1.5", um esforço para manter viva a meta do AcordoParislimitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius. A ONU estima que as metas nacionais atuais fariam com que as temperaturas aumentassempelo menos 2,6 graus Celsius.
Os paísesdesenvolvimento argumentam que só podem aumentar suas metasreduçãoemissões se os países ricos, os principais responsáveis pelas mudanças climáticas, pagarem a conta.
"É tecnicamente possível cumprir a meta1,5 grau Celsius, mas apenas se houver uma imensa mobilização, liderada pelo G20, para cortar todas as emissõesgases do efeito estufa", disse na semana passada o primeiro-ministro das Bahamas, Philip Davis, na COP29.

Presidente Lula e o secretário-geral da ONU, António Guterres, antes da cúpula do G20 no RioJaneiro
16/11/2024 Ricardo Stuckert/Presidência do Brasil/Divulgação via REUTERS

Mundo espera que G20 no Rio faça avanços nas negociações climáticas

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu neste domingo (17) maior financiamento para apoiar as cidades no enfrentamento da crise climática durante cerimônia do Urban 20, o fórum dos prefeitos do G20, no RioJaneiro.
"As cidades não podem custear sozinhas a transformação urbana. Elas não podem ser negligenciadas nos novos mecanismosfinanciamento da transição climática", afirmou Luladiscurso. O assunto é um dos três temas prioritários definidos pela presidência brasileira do G20.
"Infelizmente, os governos esbarramuma enorme lacunafinanciamento no Sul Global. Apenas uma parcela dos recursos necessários chega aos paísesdesenvolvimento e uma parte ainda menor alcança nossas metrópoles."
O U20 tem como principais eixosdiscussão a inclusão social e combate à fome e pobreza; transição energética e enfrentamento das mudanças climáticas; e a reforma das instituiçõesgovernança global.
"Não será possível construir uma Nova Agenda Urbana sem investimento e sem governança multilateral adequada", acrescentou Lula. O presidente ainda mencionou a vereadora Marielle Franco, assassinada2018.
"A lutaMarielle por uma cidade mais inclusiva, uma educação pública transformadora, e pelo acesso a todos a um serviço publicoqualidade é imperativa para criar cidades sustentáveis e que atendam às necessidadestodos."
O prefeito do RioJaneiro, Eduardo Paes (PSD), que abriu a cerimônia, também destacou a necessidade das cidadesum acesso maior, mais rápido e inclusivo ao capital.
"Pedimos que os governos se comprometam com investimentos e açõespelo menos 800 bilhõesdólares anuais até 2030 para projetos climáticosmitigação e adaptação", disse Paes.
O U20 pede a criaçãoum fundo garantidor para facilitar o financiamentoprojetos climáticos urbanos por grandes bancos globais, como BID, BIRD, Brics, CAF, entre outros.
Segundo os prefeitos, embora já existam recursos privados disponíveis, é necessário que eles cheguem às cidadesforma mais rápida emaior volume. O fundo garantidor seria uma formaviabilizar essa iniciativa.
O evento do U20 ocorre às vésperas da cúpulalíderes do G20, grupo das principais economias mundiais, que acontece nos dias 18 e 19novembro.

Lula defende maior financiamento para cidades e cita Marielle no Urban 20

Agência Brasil - O documento elaborado pelas organizações da sociedade civil durante o G20 Social para ser entregue aos líderes das maiores economias do mundo, reunidos na cúpula do G20 no RioJaneiro (RJ), defende a adoção da soberania alimentar para combater a fome e pede o fortalecimento do trabalho decente para combater as desigualdades e a pobreza.
Aprovado e divulgado neste sábado (16), o textoquatro páginas exige dos líderes do G20 uma transição energética justa enfrentando a exclusão social e a pobreza energética; alémexigir “firme compromisso”redução da emissãogasesefeito estufa eproteção das florestas tropicais.
<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-11/leia-declaracao-final-do-g20-social">Leia a íntegra do documento</a>
Conforme antecipado pela Agência Brasil, a declaração ainda defende reformas "inadiáveis" nas instituições internacionais, como Nações Unidas (ONU) e Fundo Monetário Internacional (FMI), e a taxação dos super ricos.
“Senhores e senhoras líderes do G20, é horaassumirmos a responsabilidadeliderar uma transformação que seja efetivamente profunda e duradoura. Compromissos ambiciosos são essenciais para fortalecer as instituições internacionais, combater a fome e a desigualdade, mitigar os impactos das mudanças do clima e proteger nossos ecossistemas”, afirma o documento coletivo do G20 Social que será entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos líderes das maiores economias do planeta.
Soberania alimentar
Para combater a fome, a declaração do G20 Social defende a construção da soberania alimentar. “Os povos devem ter reconhecido o direitoacesso democrático à terra e à água,controlarprópria produção e distribuiçãoalimentos, com ênfasepráticas agroecológicas epreservação do meio ambiente”, diz o documento.
Diferentemente do conceitosegurança alimentar, que enfatiza o acesso aos alimentos, o conceitosoberania alimentar enfatiza a produção desses alimentos, priorizando o mercado interno com o controle social da produção. O conceito surge a partir da Via Campesina, organização que reúne movimentos do campotodo o mundo.
A dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Cássia Bechara, presente no G20 Social, destacou que a soberania alimentar é parte central do projetoreforma agrária do MST para enfrentar a fome, a crise climática e transformar a matriz produtiva do país. 
“Soberania alimentar é quando os camponeses dos países têm condiçõesdecidir o que plantar e como plantar no sentidoabastecer o mercado interno como prioridade, sem depender do pacote verdeinsumos estrangeiros,toda essa dependência do pacote tecnológico. O conceitosoberania é bem diferente dosegurança alimentar, que é botar qualquer bolacha só para não morrerinanição, não interessando o que está comendo, muito menos como esse alimento é produzido”, explicou Cássia.
Os movimentos sociais e organizações da sociedade civil que elaboraram o documento pedem ainda que os países, “em caráterurgência e prioridade máxima”, façam a adesão a iniciativa do Brasil da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que prevê um fundo para financiar políticas e programascombate à fome.
Trabalho decente
A declaração dos grupos reunidos no G20 Social ainda afirma a “centralidade do trabalho decente, conforme os padrões da OIT [Organização Internacional do Trabalho], como elemento essencial na superação da pobreza e das desigualdades”. A declaração aprovada pede o combate ao trabalho escravo, ao trabalho infantil, ao tráfico humano e demais formasexploração e precarização do trabalho.
“Enfatizamos a defesa da formalização do mercadotrabalho eeconomia inclusivas e contra-hegemônicas, como a economia popular e solidária, cooperativas, cozinhas solidárias e o reconhecimento e valorização da economiacuidados”, afirmam os movimentos. 
Por fim, pedem que todos tenham acesso a empregos dignos, sistemasseguridade e proteção social e exigem a ampliação dos direitos sindicais. A pauta é apresentadamomentointensa mobilização da sociedade contra a jornada6 diastrabalho e 1folga, com manifestações realizadasvárias cidades nessa sexta-feira (15).
Transição Justa
O documento afirma que a maioria dos países desenvolvidos e suas elites não têm compromisso com o enfrentamento das mudanças climáticas, provocadas pela queimacombustíveis fósseis, que causam o aquecimento da terra.
A declaração pede que seja respeitado o AcordoParis e destaca a importância das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), que são os compromissoscada país com a redução dos gases do efeito estufa. O Brasil foi o segundo país a apresentar a atualização daNDC, definindo uma redução59% a 67% dos gases até 2035.
“É uma exigência ética que os líderes mundiais assumam um compromisso firme com a reduçãoemissõesgases do efeito estufa e do desmatamento, bem como a proteção dos oceanos, condições essenciais para limitar o aquecimento global a 1,5ºC e evitar danos irreversíveis ao planeta”, afirma o texto.
A declaração que será entregue aos líderes das maiores potências do mundo defende ainda que a transição energética precisa ser justa, substituindo o modeloprodução baseadocombustíveis fósseis por uma economiabaixo carbono.
“Essa transformação precisa enfrentar a exclusão social, a pobreza energética e o racismo ambiental, e garantir condições equitativas para trabalhadores e trabalhadoras, pessoas negras e comunidades vulneráveis”, acrescenta o documento.
Por fim, os movimentos sociais pedem que os países protejam as florestas tropicais por meio da criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre (TFFF). A proposta do fundo é uma sugestão do Brasil para financiar a proteção das florestas tropicais, essenciais para a capturacarbono na atmosfera.
Reforma ONU e taxação ricos
O terceiro grande tema da declaração do G20 Social pede a reforma da governança global, com maior participação dos países menos desenvolvidosinstâncias como o ConselhoSegurança da ONU e o FMI.
A declaração também pede a taxação dos super ricos como formafinanciar as políticas sociais, ambientais e culturais que os povos necessitam. De acordo com o texto, os recursos arrecadados devem ser destinados a fundos nacionais e internacionais.

G20 Social pede trabalho decente e soberania alimentar contra fome

247 - O Instituto BrasileiroMeteorologia (Inmet) emitiu nesta sexta-feira (15) dois alertas distintoschuvas intensas, com validade até a manhã do sábado (16). De acordo com informações do órgão, áreas13 estados brasileiros, além do Distrito Federal, estão sob alertaperigo potencial devido à possibilidadeprecipitações significativas e ventos moderados. As informações são da<a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/treze-estados-estao-em-alerta-para-chuvas-intensas-diz-inmet/"> CNN Brasil.</a>
O alerta abrange os estadosAcre, Amazonas, Roraima, Pará, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e RioJaneiro. As chuvas podem atingir entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, acompanhadasventos entre 40 e 60 km/h.
Já o alertaperigo — mais grave — atinge regiõesseis estados: Amazonas, Rondônia, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Goiás, alémparte do Distrito Federal. Nessas localidades, o Inmet prevê chuvas mais intensas, com volumes entre 30 e 60 milímetros por hora ou50 a 100 milímetros por dia, alémventosaté 100 km/h. “Há riscocorteenergia elétrica, quedagalhosárvores, alagamentos e descargas elétricas”, alertou o instituto.
<h3>Ventos costeiros no Rio Grande do Sul</h3>
Enquanto as regiões citadas enfrentam as chuvas, o Rio Grande do Sul está sob alertaperigo potencial para ventos costeiros. O fenômeno afeta toda a extensão litorânea do estado, com riscos associados à navegação e atividades portuárias.
<h3>Previsão do tempo nas capitais</h3>
Confira como o tempo deve se comportar nas principais capitais no sábado:
<ul>
 <li>Porto Alegre (RS): mínima20°C, máxima35°C</li>
 <li>Florianópolis (SC): mínima21°C, máxima24°C</li>
 <li>São Paulo (SP): mínima16°C, máxima24°C</li>
 <li>RioJaneiro (RJ): mínima20°C, máxima26°C</li>
 <li>Belo Horizonte (MG): mínima17°C, máxima23°C</li>
 <li>Salvador (BA): mínima24°C, máxima30°C</li>
</ul>
Em outras capitais da região Norte, como Belém (PA) e Manaus (AM), a máxima pode superar os 35°C, enquantoBrasília (DF) e Goiânia (GO), a previsão indica clima mais ameno, com máximas25°C.
<h3>Recomendaçãosegurança</h3>
O Inmet orienta a população das áreas afetadas a evitar atividades ao ar livre durante as tempestades, buscar abrigolocais seguros e não se abrigar debaixoárvores ou estruturas frágeis. Em casoemergências, a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199.
A mobilização do instituto reforça a importânciaatenção redobrada às condições climáticas, especialmenteregiões já vulneráveis a inundações e impactos dos ventos fortes.

Vem chuva aí! confira a previsão do tempo para as capitais brasileiras neste sábado

Agência Brasil - &nbsp;Qualquer modelotransição ecológica precisa contemplar a demarcaçãoterras indígenas e a proteção das populações nativasinvasores, disse nesta sexta-feira (15), no RioJaneiro, a representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marciely Ayap Tupari (foto). Em plenária sobre desenvolvimento sustentável no G20 Social, ela citou a ameaça do Marco Temporal e criticou o projetoexploração da Petrobras na Margem Equatorial.
“Os povos indígenas são 5% da população mundial, mas preservamos 80% da biodiversidadetodo o planeta. Graças tanto ao nosso conhecimento ancestral como ao sanguenossos parentes derramados”, declarou a líder indígena.
Ela ressaltou que os próprios indígenas vivemharmonia com o meio ambiente e têm muito a contribuir no G20 Social, evento paralelo à CúpulaLíderes do G20, grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana.
“A sustentabilidade, hoje colocada como solução, sempre pusemosprática. Queremos que nosso conhecimento seja utilizado. As consequências que estamos sentindo hoje são consequênciasações20 anos atrás. O que a gente vai esperar nos 20 anos à frente? Será que estamos preocupados com futuras gerações?”, declarou.
Em relação ao Marco Temporal, Tupari disse que a ameaça aos direitos dos povos indígenas continua avançando. Ela defendeu que o G20 Social considere a demarcação como um meioenfrentamento às mudanças climáticas.
“Hoje no Brasil, estamos sofrendo um retrocesso muito grande, principalmente sobre o Marco Temporal. Hoje [estamos] debatendo para que o Estado brasileiro coloque a demarcação das terras indígenas como pauta climática”, declarou.
Tupari cobrou não apenas o avanço nas demarcações como a proteção das etnias, que, segundo ela, atuaram na linhafrente no combate aos invasores no governo anterior. “Não adianta só demarcar [terras indígenas]. Precisa garantir a proteção deles. A gente precisa olhar para indígenas na linhafrente defendendo territórios, disse.
Burocracia
A representante da Apib também criticou a burocracia na concessãofinanciamentos aos povos nativos. Segundo ela, o dinheiro prometido por organismos internacionais não chega à população indígena por causarestrições impostas tanto pelos bancos multilaterais como pelo governo brasileiro.
“A gente quer ter acesso a esses financiamentos que são colocados para nós, mas não conseguimos porque existe muita burocracia. Hoje, os movimentos indígenas [estão] criando fundos para ver se conseguem resolver esses problemas e acessar os financiamentos”, afirmou. “Nas COP [Conferências das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas], eles só criam fundos. A gente ouve muitas promessas, mas não vê nada acontecer”, garantiu.
Petróleo
A líder indígena criticou o projeto da Petrobrasexplorar a Margem Equatorial, áreagrandes reservaspetróleo entre a costa do Rio Grande do Norte e a do Amapá. A potencial exploraçãoóleo na região, que inclui a foz do Rio Amazonas, é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis danos ambientais.
“Hoje não temos mais como barrar o limite1,5°Caquecimento. Não podemos mais aumentar a extraçãocombustíveis fósseis. Se o Brasil quer vender para fora a imagempaís sustentável, não pode explorar petróleo na Região Amazônica”, avaliou Tupari, sob aplausos da plateia.
A representante da Apib disse, ainda, que os movimentos indígenas estão mobilizados para defender seus direitos e se manifestar contrários à exploração da Margem Equatorial no próximo ano, durante a COP 30,Belém, no Pará.

Indígenas cobram demarcação para avançartransição ecológica

247 - O Governo do Pará, comandado por Helder Barbalho, assinou o memorandoentendimento com AMBIPAR Carbon Credit Participações Ltda, empresa referênciagestão ambiental, para a comercializaçãocréditoscarbono dentro do Sistema JurisdicionalREDD+ (SJREDD+), do Pará. De acordo com os defensores da proposta, a ideia é garantir os resultados almejados pela modalidadecréditocarbono, que são: preservação do estado e remuneração para quem está conservando a floresta viva.
“Esse crédito tem grande visibilidade global, que a gente consiga desenvolver projetos com credibilidade, com rastreabilidade, fáceis e acessíveis para todo mundo que estiver preocupado com isso”, afirmou Rafael Tello, vice-presidenteSustentabilidade da AMBIPAR. Segundo o executivo, a ação da empresa é de
O memorandoentendimento com a AMBIPAR estabelece as bases para uma parceria entre a CompanhiaAtivos Ambientais e Participações do Pará e a AMBIPAR para aumentar o valor financeiro e ambiental dos créditoscarbono, apoiando a sustentabilidade regional. O memorando incentiva a cooperação com entidades multilaterais como o Banco Mundial.
O Executivo estadual havia assinado,setembro, um acordo histórico ao vender quase R$ 1 bilhãocréditoscarbono e garantir financiamento da Coalizão LEAF para apoiar seus esforçosredução do desmatamento. A Coalizão LEAF é uma iniciativa pública e privada internacional que inclui diversas grandes corporações e os governos da Noruega, Reino Unido, Estados Unidos e República da Coreia.
A coalizão pretende mobilizar ao menos US$ 1 bilhãorecursos públicos e privados, que serão utilizados para o pagamentopaíses ou governos locais por resultadostermosreduçãodesmatamento – a mesma lógica que fundamenta o Fundo Amazônia no Brasil. Participam da iniciativa gigantes como a Amazon, Nestlé, Bayer e Unilever, entre outras.
Os compradores da Coalizão LEAF, incluindo Amazon, Bayer, BCG, Capgemini, H&amp;M Group e Fundação Walmart, se comprometeram a comprar 5 milhõescréditosreduçõesemissões. O acordo também vai disponibilizar mais 7 milhõescréditos para compradores corporativos adicionais, com a Emergent antecipando uma forte demanda.
Conforme Raul Protázio Romão, secretárioEstadoMeio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), o acordo com a AMBIPAR democratiza a vendacrédito carbono ao mercado, já que médias e pequenas empresas poderão participar nesta nova atividade econômica sustentável.
<h2>Participaçãomédias e pequenas empresas</h2>
Além disso, a assinatura do memorando orienta sobre a criação da SociedadePropósito Específico (SPE), que terá o papelcentralizar atividadesavaliação técnica, certificação e comercialização eficientecréditoscarbono, potencializando os ativos ambientais do Pará.
Segundo Tello, a Ambipar tem capacidade tecnológica para oferecer esses créditos com o governo do Pará,forma inovadora, por meio da tecnologiabockchain, que permite pequenas compensações com rastreabilidade, transparência e confiabilidade extra nos projetos.
O acordo é respaldado por garantiascompra dos governos da Noruega, Reino Unido e EUA, cobrindo uma porcentagem dos volumescréditos.é uma parceria público-privada única focadadeter o desmatamento tropical até 2030.

Vegetação e lideranças do governo do Pará

Governo paraense faz acordo para fortalecer transaçõescréditocarbono

Fabíola Sinimbú - Enviada Especial da Agência Brasil&nbsp;
Na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29),Baku, no Azerbaijão, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, comentou a decisão do governo da Argentina, comandado pelo presidente Javier Milei,retirar a delegação das negociações climáticas.
“É um processo que vai na contramão das exigências que o mundo está fazendo. Todas as sociedades estão pagando um preço muito alto da mudança do clima e cada país que se recusa a fazer o devercasa está contribuindo para o agravamento dessa situação que prejudica a vida das pessoas, os sistemas agrícolas, os sistemasprodução industrialtodos os níveis”, disse.
Para Marina, a decisão do país, que também integra o Mercosul, não interferirá nas negociações climáticas na CúpulaChefesEstado do G20, a ser realizada nos próximos dias 18 e 19novembro, no RioJaneiro. De acordo com a ministra, a Força-Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima,outubro, nos Estados Unidos, antecipou esse diálogo.
<h2>Avanços</h2>
“O G20 já conseguiu os avanços que nós esperávamos. Fomos capazesdiscutir, desde pagamento por serviços ecossistêmicos, a taxaçãosuper-ricos. Nós fomos capazesfazer uma junção entre a agenda do clima e a agendafinanças,uma reunião históricaWashington”, destacou a ministra.
O encontro citado resultoudeclaração ministerial e documento multilateral assinado pelo grupo, composto pelos 21 países do G20, e outras 15 nações convidadas, além25 organizações e grupos internacionais.
“Muitas pessoas podem até concordar com posiçõesrelação à questãocostumes, mas elas não querem ver a vidasuas famílias ameaçada, elas não querem ver seus negócios sendo prejudicados. Então, aqueles que estão saindo do AcordoParis e se recusando a fazer o devercasa,benefício da vida,benefício do planeta esi mesmos, não ficarão impunesrelação à cobrançasuas sociedades.”
O vice-presidente Geraldo Alckmin também lamentou a decisão do presidente argentino e condenou a visão negacionista.
“A ciência está aqui para ajudar a humanidade. Se você verificar na área, por exemplo, da medicina, da saúde pública, como é que nós dobramos a expectativavida no mundo, praticamente80 anos? Foi água tratada, vacina e antibiótico. A ciência é para ajudar a humanidade”, disse Alckmin.
Segundo o vice-presidente, a decisãoMilei é pessoal e pode ter efeitos econômicos para a própria Argentina. “Está nítido a questão das mudanças climáticas e arepercussão, inclusive na economia. Acabamosouvir agora que ela pode derrubar o PIB. Mas isso não vai mudar as relaçõesEstado, que não são pessoais.”

ArgentinaMilei se retira da COP29. Brasil minimiza impacto

247 - Com o feriado15novembro caindo numa sexta-feira, muitos brasileiros terão um fimsemana prolongado para descansar e viajar. De acordo com informações do<a href="https://www.climatempo.com.br/noticia/temporal/previsao-do-tempo-para-o-feriado-de-15-de-novembro"> Climatemp</a>o, o clima estará instáveldiversas regiões do país, com previsãochuva frequente no Centro-Oeste e Sudeste, enquanto o sol e o tempo seco devem predominar no Nordeste.
<h3>Região Sul</h3>
No Sul do Brasil, o feriado será marcado pela presençaar frioorigem polar, fazendo com que as temperaturas fiquem um pouco mais amenas do que o habitual para esta época. O sol deve aparecer na maior parte do dia, especialmente na regiãoPorto Alegre, onde o tempo permanece firme. Em Curitiba e Florianópolis, no entanto, haverá muita nebulosidade e possibilidadeschuvas leves, especialmente no litoral paranaense.
No finalsemana, a tendência ésolquase toda a região, embora o litoral norteSanta Catarina e o leste do Paraná ainda possam registrar chuvas leves. No domingo, uma frente fria deve se aproximar da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, trazendo pancadaschuva para esta área.
<h3>Região Sudeste</h3>
A expectativa para o Sudeste échuvas intensas durante o feriado. Na sexta-feira, o sol deve aparecer pela manhã, mas a nebulosidade aumenta ao longo do dia, e pancadaschuva são esperadas à tarde e à noitequase toda a região. A chuva mais intensa é prevista para o estadoSão Paulo, centro-oeste e sulMinas Gerais. No RioJaneiro e Belo Horizonte, a chuva também poderá ser forte, começando no período da tarde.
O finalsemana segue com previsõeschuva, especialmente à tarde e à noite, e há riscochuvas intensasSão Paulo e no sulMinas Gerais. Pelo litoral, o Espírito Santo e o norte do RioJaneiro devem ter mais sol, enquanto o litoral sulSão Paulo e do Rio, incluindo Angra dos Reis e Paraty, terão muita nebulosidade e riscochuva forte.
<h3>Região Centro-Oeste</h3>
Para o Centro-Oeste, o feriado será instável, com a previsãomuita chuvapraticamente toda a região. Embora o sol possa apareceráreasMato Grosso e Mato Grosso do Sul, pancadaschuva são esperadasdiversas localidades. Em Brasília, Goiânia e Cuiabá, há riscoschuvaintensidade forte ao longo do finalsemana.
No domingo, as chuvas devem diminuir, mas ainda haverá pancadaschuva à tarde e à noitetoda a região devido ao calor e à alta umidade.
<h3>Região Nordeste</h3>
Na região Nordeste, o tempo será marcado pelo sol, calor e baixa umidade. No interior do Nordeste, o clima será seco, e as chuvas devem ser isoladas, ocorrendo principalmente no litoral eáreas do sul do Maranhão e do Piauí. A faixa litorânea e a Zona da Mata terão pancadaschuva fracas a moderadas ao longo do feriado, sempre intercaladas por períodos ensolarados.
Para o fimsemana, o calor e o tempo seco continuam no interior do Nordeste, com diminuição das condiçõeschuva no sul do Maranhão, Piauí e oeste da Bahia.
<h3>Região Norte</h3>
No Norte do Brasil, a previsão épancadaschuva frequentes durante o feriado, com possibilidadechuvas fortesáreas como Rio Branco, Porto Velho e Palmas. Em Manaus, as chuvas deverão ocorrer à tarde, enquantoBelém, Boa Vista e Macapá, o sol será predominante e a chancechuva é baixa.
Ao longo do finalsemana, a expectativa épancadaschuva principalmente no sul do Amazonas, Acre, Rondônia e sul do Pará. A chancechuvas será menorRoraima e no centro-norte do Pará, onde o sol deverá predominar.
Com variações climáticas tão distintas, a recomendação é que os brasileiros fiquem atentos à previsão do tempo para aproveitar ao máximo o feriado prolongado, sejaregiõessol, sejaáreas com previsãochuvas fortes.
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Vai viajar? confira a previsão do tempo para o feriado15novembro

247 - O Comitê ExecutivoGestão da CâmaraComércio Exterior (Gecex-Camex) deliberou nesta segunda-feira pela elevação9,6% para 25% no valor da tarifaimportaçãocélulas fotovoltaicas usadas na cadeia produtivapainéisgeraçãoenergia solar. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o aumento tarifário visa o fortalecimento da produção local e geraçãoempregos no Brasil. Estimativas feitas pela Associação BrasileiraEnergia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontaram riscoa medida prejudicar pelo menos 281 projetos, que somam mais25 gigawatts (GW) e maisR$ 97 bilhõesinvestimentos até 2026.
No entendimento da Absolar, o aumento tarifário é um grande retrocesso na transição energética e uma afronta aos consumidores e ao mercado, com o risco eminenteaumento no preço da energia solar aos brasileiros, quedainvestimento, fugacapital, crescimento da inflação, perdaemprego e fechamentoempresas.
A avaliação é da Associação BrasileiraEnergia Solar Fotovoltaica (Absolar). Para a entidade, ao decidir pelo aumento do imposto no meio da COP 29 no Azerbaijão, o governo brasileiro contradiz compromissos internacionaiscombate às mudanças climáticas, especialmente os firmados no AcordoParis e na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP). Quando o mundo reforça suas metas climáticas, o País deveria adotar medidas que incentivassem a expansão da energia limpa, e não o oposto.
Segundo a Associação, a decisão, que ainda não foi publicada no Diário Oficial, colocarisco a competitividade do mercado solar no País, podendo levar a cancelamentosprojetos já contratados e travar o planoinvestimentosempreendimentos futuros.
Impacto recai sobre as PMEs
Ao contrário do que alega o governo federal, a medida não promove o adensamento da indústria nacional, uma vez que as companhias nacionais são meras montadorasmódulos, a partirinsumos totalmente importados. Por outro lado, o impacto da medida sobre pequenas e médias empresasinstalaçãoequipamentos é grave, que correm o riscofechar as portas.
É importante destacar que a indústria nacional não consegue suprir nem 5% da demanda nacionalpainéis fotovoltaicos, com uma capacidadeprodução1 gigawatt (GW) por ano, ao passo que a importação brasileira2023 foimais17 GW.
Também, a indústria nacional não concorre com as companhiasequipamentos importados, principalmente nas grandes usinasgeração fotovoltaica. O financiamento desses empreendimentos exige um padrãocertificação e qualidade que as indústrias nacionais ainda não possuem, o que obriga a compra dos equipamentos importados, agora sobretaxado.
A cada 30 empregos gerados no setor solar fotovoltaico, somente dois estão na fabricaçãoequipamentos. Assim, essa elevação do imposto acarreta retraçãopostostrabalho exatamente na cadeia mais pujante, que agrega o setordistribuição e comercializaçãoequipamentos e os serviçosinstalação e manutençãosistemas fotovoltaicos.

Sobe a taxaimportaçãocélulas usadaspainéis solares

247 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu nesta terça-feira (12) uma transição com o objetivoacabar com o usocombustíveis fósseis.
"É preciso traçar o mapa do caminho para a transição para o fim do uso do combustível fóssil e que a gente faça o mapa do caminho para o fim do desmatamento", disse a ministradiscurso no pavilhão brasileiro na COP 29,Baku, Azerbaijão, reforçando a necessidademecanismos viáveisfinanciamento para medidas ambientais.
Sobre o cenário político dos Estados Unidos, a ministra prevê que os esforçoscombate às mudanças climáticas continuarão apesar da vitóriaDonald Trump nas últimas eleições presidenciais.&nbsp;
“O esforço climático que já vem andando desde 1992 não vai ser diminuídofunçãodeterminadas sazonalidades políticas. Os EUA são um país importante, o segundo maior emissor do mundo. Mas tem estados que são independentes, as políticas não vão ser descontinuadas”, disse.&nbsp;